Países árabes surgem como alternativa para exportações brasileiras no tarifaço dos EUA
Importante aliado comercial, Liga Árabe pode fortalecer relações com o agro brasileiro.

Embora a lista de excessos ao tarifaço seja grande, muitos dos principais produtos fabricados pelo Brasil receberam a taxação de 50% dos EUA. No entanto, alguns outros países podem absorver o peso que é deixar de enviar mercadorias ao país americano.
Um levantamento feito pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira mostrou que os países árabes são boas alternativas para suprir essa demanda. O documento elencou 13 potenciais produtos que contam com interesse desses países e que estão na lista de tarifas divulgadas pelo governo de Trump.
Um deles é o café verde, por exemplo, que tem grande interesse de países como Arábia Saudita, Kuwait e Argélia. Só o primeiro importa anualmente mais de US$ 400 milhões, sendo que apenas 10% deste movimento tem origem no Brasil.
Outro item é a carne bovina, amplamente discutida por nações desta região, onde a carne de porco não pode ser consumida em razão da religião. Neste caso, o Egito e os Emirados Árabes Unidos seriam dois potenciais mercados de expansão, já que são compradores da produção brasileira, mas podem aumentar a participação.
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“São mercados que serão fidelizados, porque o árabe é mais fiel, mais conservador. A tendência é que os novos relacionamentos se mantenham. Ainda que ocorra alguma modificação nas tarifas, seja no governo Trump ou futuramente, acho que essas portas abertas neste momento mais difícil permanecerão”, afirmou o presidente da Câmara Árabe, William Adib Dib Junior.
O estudo também destaca que há uma gama de produtos brasileiros que nem sequer são vendidos para o mundo árabe. É o caso do ferro, aço e madeiras de coníferas, que chegariam aos países sem nenhum tipo de taxação, enquanto contam com alíquota de 10% para os EUA.
“O estudo aponta para crescer paulatinamente o comércio, mas em alguns produtos pode haver demanda imediata. Carne bovina e café são produtos com potencial de rápida colocação nos países árabes, podendo colher resultados rápidos, embora 100% do que seria exportados aos Estados Unidos seja absorvido”, explicou Mohamad Mourad, secretário-geral da Câmara.
No ano passado, o Brasil enviou US$ 23,6 bilhões em produtos para os países que compõem a Liga Árabe. O valor representa um superávit comercial de US$ 13 bilhões a favor do Brasil, que recebe apenas US$ 10 bilhões em mercadorias desta região.
No começo do ano, não havia uma projeção de grandes mudanças na balança comercial, mas isso começa a mudar. Como principal fornecedor de produtos agrícolas para o grupo, o tarifaço de Trump pode fortalecer ainda mais o comércio no Oceano Atlântico.

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