Ouro bate máxima em setembro de 2025 e impulsiona ETFs; veja qual sobe mais
Disparada das taxas pagas pela renda fixa nos EUA, Europa e países emergentes, desperta procura pelo metal precioso.

Têm investidores de longo prazo que não abrem mão de ter parte do seu patrimônio alocado em ouro, os quais são muito bem recompensados neste início de setembro de 2025, já que o metal precioso renovou sua máxima histórica, além de pressionar para cima as cotas dos ETFs temáticos de ouro.
Os contratos futuros de ouro com vencimento para dezembro, os mais líquidos e a principal referência do mercado, fecharam em alta de +2,16%, cotados a US$ 3.592,20 por unidade de peso onça-troy, na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex), logo após baterem o topo aos US$ 3.595,00.
Existe uma coincidência no atual rali altista do ouro, usado como forma de proteção patrimonial em tempos de incerteza econômica, já que as taxas pagas pelos principais mercados de renda fixa no mundo, como Estados Unidos, Europa e até o Brasil, operam em forte alta nesta virada de mês.
Ainda que os juros compostos elevados acabem atraindo investidores dispostos a emprestar dinheiro aos governos, como no Tesouro Direto, que oferece ganhos ao redor de 15% ao ano, os riscos fiscais na outra ponta aceleram a forte demanda de parte dos investidores (em sua maioria empresas e os próprios bancos centrais) na busca por investimentos mais resilientes, em especial, o ouro.
Uma das formas mais práticas aos investidores pessoas físicas, de ter ouro na carteira é através dos ETFs, fundos de índices listados em bolsa que compraram os contratos futuros da commodity ou ações de empresas mineradoras.
Aqui na B3, a principal opção é o Trend ETF LBMA Ouro (GOLD11), cujas cotas dispararam +2,70% nesta terça-feira (2) para R$ 20,19 cada, o maior patamar de preço. Esse ETF busca replicar o desempenho do preço do ouro no mercado brasileiro. Isso permite aos investidores obter exposição ao ouro sem precisar comprar e armazenar o metal físico.
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ETFs americanos de ouro
É na bolsa de valores americana que estão os maiores ETFs de ouro do mercado. O maior deles é o iShares Gold Trust (IAU), cujo valor de mercado chega a US$ 50,3 bilhões. Neste pregão, suas cotas avançaram +2,44% e tocaram os US$ 66,72 na máxima do dia, renovando o seu topo.
O ETF IAU é composto por barras de ouro físico de qualidade de investimento que atendem a padrões específicos de pureza e peso. Essas barras são armazenadas em cofres seguros de custodiantes qualificados.
O valor das cotas é determinado pelo preço de mercado do ouro, que pode ser afetado por fatores como oferta e demanda, condições econômicas e geopolíticas. Vale citar que as tarifas comerciais de Donald Trump e o conflito armado entre Rússia e Ucrânia também pressionam o rali do metal precioso.
Ainda existe uma forma de investir em ouro e receber dividendos, sem necessariamente se tornar sócio de uma mineradora, caso da Aura Minerals (AURA33), por exemplo. Isso porque existe a alternativa do VanEck Junior Gold Miners ETF (GDXJ), cujo dividend yield é de 1,35% nos últimos 12 meses.
Diferentemente do ETF IAU, essa outra alternativa de fundo de índice espelha o desempenho das mineradoras de ouro de menor capitalização em bolsa de valores, distribuindo dividendos em dólar anuais. Nesta terça-feira (2), as cotas do ETF GDXJ saltaram quase +4%.
A nova ferramenta do Investidor10, que acompanha o desempenho das commodities, revela que se você tivesse investido R$ 1 mil em Ouro há dois anos, hoje você teria R$ 1.832,00. Por sua vez, o Ibovespa teria retornado R$ 1.256,00 nas mesmas condições.

AURA33
Aura MineralsR$ 57,15
220,92 %
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4.04%
-35,29
16,27

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