Oi (OIBR3) vai leiloar frações de grupamento de ações
Leilões começam na próxima segunda-feira (23) e devem encerrar processo iniciado em dezembro de 2022
A Oi (OIBR3) anunciou nesta quinta-feira (19) que fará leilões sucessivos na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) para enfim concluir o processo de grupamento de ações iniciado em dezembro de 2022.
Com isso, a empresa vai leiloar as frações de ações resultantes do grupamento. Nesta quinta-feira (19), a Oi informou que as frações foram reagrupadas em 285.767 ações ordinárias e 282.807 ações preferenciais para venda em bolsa.
Os leilões serão realizados a partir da próxima segunda-feira (23), até que todas as ações sejam alienadas pela companhia. Os valores arrecadados serão pagos aos titulares das frações em um prazo de sete dias úteis, a partir da realização do último leilão.
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O grupamento de ações, na proporção de 10 para 1, foi aprovado na esteira do primeiro processo de recuperação judicial da Oi, em dezembro de 2022. O objetivo era fazer com que os papeis, que estavam sendo negociados por centavos, voltassem a valer mais de R$ 1.
De novo?
Apesar desse grupamento de ações nem ter sido concluído, a possibilidade de uma nova operação desse tipo foi ventilada recentemente. É que as ações da Oi passaram mais de 30 pregões sendo negociadas abaixo de R$ 1, o que levou a B3 a cobrar um posicionamento da telefônica.
A B3 tenta limitar a presença das chamadas penny stocks nas negociações da Bolsa brasileira já que essas ações apresentam um alto grau de volatilidade. Por isso, pede que as companhias que acabam nessa categoria se "reenquadrem" por meio de medidas como o grupamento de ações. As firmas que não conseguirem elevar o valor dos seus papeis ficam sujeitas a sanções, como multas e a exclusão dos índices da B3, como o Ibovespa.
Em comunicado publicado em 11 de outubro, no entanto, a Oi disse que não avalia um novo grupamento de ações no momento. A telefônica disse que apresentará uma proposta revisada do seu novo plano de recuperação judicial e espera que o avanço das negociações com os credores favoreça o desempenho das suas ações na Bolsa.
A empresa apresentou um novo plano de recuperação judicial em maio, cinco meses depois do encerramento do primeiro processo, que se arrastou por mais de seis anos.
As ações preferenciais da empresa até reagiram diante da possibilidade de um avanço no processo de reestruturação financeira. Contudo, ainda seguem abaixo de R$ 1. O papel fechou o pregão desta quinta-feira (19) negociado a R$ 0,64. Já as ações preferenciais são negociadas a R$ 1,99.
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