O Pix ameaça empresas americanas, como diz o governo Trump?

Investigação dos EUA sobre o Brasil faz referência ao sistema de pagamentos instantâneos.

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Publicado em 16/07/2025 às 17:20h - Atualizado 10 horas atrás Publicado em 16/07/2025 às 17:20h Atualizado 10 horas atrás por Marina Barbosa
Pix já é o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros (Imagem: Shutterstock)
Pix já é o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros (Imagem: Shutterstock)

Sistema de pagamentos instantâneos do Brasil, o Pix também entrou na mira do governo dos Estados Unidos.

🔎 Menções à ferramenta constam na investigação comercial instaurada nessa terça-feira (15) pelo USTR (Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos), a pedido de Donald Trump.

A alegação americana é de que o Brasil "parece se envolver em uma série de práticas desleais com relação aos serviços de pagamento eletrônico" e essas práticas "podem prejudicar a competitividade das empresas americanas envolvidas em comércio digital e serviços de pagamento eletrônico".

Uma dessas "práticas desleais" seria a "vantagem dos serviços de pagamento eletrônico desenvolvidos pelo governo". Ou seja, o Pix.

O Pix

O Pix foi desenvolvido pelo BC (Banco Central) e lançado em 2020, com a promessa de facilitar, reduzir os custos e acelerar os pagamentos realizados no país.

📱 A ferramenta logo caiu no gosto dos brasileiros, tanto que já é meio de pagamento mais utilizado do país, com mais de 175 milhões de usuários. E segue em evolução.

O BC lançou recentemente a função de Pix Automático e promete para setembro o Pix Parcelado, que permitirá parcelar um pagamento diretamente pelo sistema de pagamentos instantâneos.

💳 Dessa forma, o Pix vem tirando mercado das empresas de cartão de crédito e débito, como as americanas Visa (VISA34) e Mastercard (MSCD34), os principais players do setor no Brasil.

Além disso, o Pix é apontado como uma das razões pelas quais o WhatsApp Pay, da Meta (M1TA34), não se popularizou como o esperado pela empresa no Brasil.

As big techs, por sinal, ainda são lembradas em outro trecho da investigação americana, pois o governo Trump critica a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que responsabilizou as redes sociais por postagens criminosas ou ofensivas realizadas por seus usuários.

Brasil responde

Diante da popularização do Pix, a investigação americana logo se tornou um dos assuntos mais buscados na internet brasileira.

A medida ainda gerou uma reação rápida do governo federal, que no início deste ano já havia tomado ciência do alcance do Pix ao tentar aumentar a fiscalização da ferramenta, o que levantou rumores sobre uma possível taxação do Pix.

Em post realizado nas redes sociais na tarde desta quarta-feira (15), o governo brasileiro disse que "o PIX é do Brasil e dos brasileiros". E avisou: "Nada de mexer com o que tá funcionando, ok?".

Veja o post do governo: