Número de investidores em cripto supera o da Bolsa e novo ‘boom’ pode estar próximo

Um dos destaques dessa evolução é o crescente uso das stablecoins, moedas digitais atreladas a ativos estáveis como o dólar.

Author
Publicado em 19/11/2024 às 16:12h - Atualizado 1 dia atrás Publicado em 19/11/2024 às 16:12h Atualizado 1 dia atrás por Matheus Rodrigues
As inovações incluem a expansão de pagamentos baseados em blockchain (Imagem: Shutterstock)
As inovações incluem a expansão de pagamentos baseados em blockchain (Imagem: Shutterstock)

💰 O mercado de criptomoedas continua em ascensão no Brasil e no mundo, com mais pessoas físicas envolvidas no setor cripto do que na Bolsa de Valores brasileira.

Segundo Rodrigo França, head de Compliance na OKX Brasil, este marco reforça a relevância das criptomoedas e o potencial transformador que o setor traz para o sistema financeiro.

Durante o Criptorama 2024, evento que ocorre em São Paulo nesta terça-feira (19), Manuel Fletes, Rodrigo França, Silvio Pegado, Willian Takamura e Renata Mancini debateram sobre o Brasil no Radar Global: Perspectivas e Oportunidades.

Stablecoins: a força que impulsiona o mercado cripto

Um dos destaques dessa evolução é o crescente uso das stablecoins, moedas digitais atreladas a ativos estáveis como o dólar.

Elas têm se consolidado como um pilar importante no mercado cripto, oferecendo segurança e previsibilidade em um ambiente frequentemente associado à volatilidade.

No Brasil, stablecoins como USDT e USDC têm desempenhado um papel fundamental em transações internacionais, proteção contra inflação e, mais recentemente, no aumento da inclusão financeira.

Com a crescente adoção de stablecoins, empresas e consumidores estão explorando novas formas de pagamentos digitais e transferências internacionais instantâneas e de baixo custo.

Esse movimento não apenas desafia o sistema bancário tradicional, mas também impulsiona a inovação em fintechs e startups de tecnologia.

Regulamentações e o avanço do mercado cripto

O Brasil já deu passos significativos para regular o mercado de criptoativos. Em 2023, foi sancionada a Lei nº 14.478, que estabeleceu diretrizes básicas para o setor, incluindo a definição de ativos virtuais e regras para provedores de serviços.

A regulamentação trouxe mais segurança jurídica, o que estimulou a entrada de novos investidores e empresas no mercado.

➡️ Leia mais: Quanto vale o mercado de memecoins? Investidor busca ganhos além do Bitcoin

Agora, o governo trabalha em propostas que incluem a criação de licenças específicas para exchanges, aumento da supervisão do Banco Central sobre ativos digitais e maior integração com o sistema financeiro tradicional.

As regulamentações, embora rigorosas, são vistas como uma forma de fortalecer o mercado, atrair investidores institucionais e proteger consumidores contra fraudes e riscos associados.

Oportunidades futuras: inovação e vantagens para o consumidor

De acordo com Willian Takamura, head de Regulatory Compliance e MLRO na Revolut Brasil, o consumidor é o grande vencedor nesse cenário de avanços regulatórios e competitividade crescente.

“O vencedor sempre vai ser o consumidor,” afirmou ele, destacando que as melhorias no mercado cripto, como maior transparência, acessibilidade e eficiência, tendem a beneficiar os usuários finais.

As inovações incluem a expansão de pagamentos baseados em blockchain, soluções de tokenização para ativos reais e o uso de criptomoedas em e-commerce e contratos inteligentes.

💲 Além disso, a integração de tecnologias como inteligência artificial promete tornar o mercado cripto mais acessível e seguro para os investidores.