Nubank, XP, Embraer e mais 3 empresas entram no MSCI Brasil

Segundo a analistas, mudança deve atrair fluxo bilionário para o Brasil.

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Publicado em 13/08/2024 às 16:26h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 13/08/2024 às 16:26h Atualizado 1 mês atrás por Marina Barbosa
Nubank será a maior empresa a entrar no MSCI Mercados Emergentes (Shutterstock)
Nubank será a maior empresa a entrar no MSCI Mercados Emergentes (Shutterstock)

Referência para investidores de todo o mundo, a MSCI (Morgan Stanley Capital International) contará commais empresas brasileirasa partir de setembro.

📈 A MSCI busca medir o desempenho do mercado de capitais de diferentes regiões do mundo. Por isso, reúne ações de milhares de empresas de diferentes países em índices como o MSCI World, o MSCI Mercados Emergentes e o MSCI Brasil.

Para manter-se coerente com as mudanças do mercado, os índices MSCI são recalibrados a cada três meses. A próxima carteira entra em vigor em 2 de setembro e traz novidades para o Brasil.

Ao todo, seis companhias brasileiras entrarão no MSCI Brasil. Confira:

A mudança foi possível porque, em fevereiro, a MSCI permitiu a entrada de empresas brasileiras listadas no exterior, como é o caso do Nubank, que tem ações listadas em Nova York e BDRs (Brazilian Depositary Receipts) negociados no Brasil.

Por outro lado, duas empresas deixarão o MSCI Brasil a partir de 2 de setembro: Eneva (ENEV3) e Lojas Renner (LREN3).

MSCI Mercados Emergentes

Com a entrada de mais companhias brasileiras nos índices MSCI, o Brasil vai ganhar espaço no MSCI Mercados Emergentes.

O Brasil respondia por 4,32% do índice em julho. Essa participação caiu nos últimos anos, mas ainda é a quinta maior do índice, perdendo apenas para China (24,54%), Índia (20,01%), Taiwan (18,45%), e Coréia do Sul (12,11%), segundo o MSCI.

A partir de agosto, no entanto, o peso do Brasil deve subir para 5,3%, segundo estimativas da XP.

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Impacto bilionário

💲 A XP acredita ainda que a mudança da carteira do MSCI deve atrair US$ 1,4 bilhão para o mercado brasileiro, ou seja, mais de R$ 7,6 bilhões na cotação atual. Os ajustes, contudo, também devem gerar saídas de R$ 109 milhões (R$ 594 milhões), segundo a XP.

O impacto é esperado porque os fundos que são atrelados ao MSCI terão que rebalancear suas carteiras para refletir a nova composição do índice, comprando ou vendendo ações das empresas que entraram ou saíram do índice, respectivamente.