“Não sabemos se podemos continuar”, diz CEO de gigante à beira da falência
Dívidas fazem com que empresa coloque falência na frente da previsibilidade de operação.

Quem nasceu nos anos 1980 provavelmente tem memórias afetivas com uma companhia que está à beira da falência. Seja para tirar uma foto ou para revelá-la, era preciso recorrer aos serviços da Kodak, uma gigante norte-americana fundada na década de 1880.
Passados mais de cem anos desde a sua chegada ao mundo, a empresa está passando por um de seus piores momentos. De pioneira, a marca se tornou um elefante na sala porque não conseguiu seguir inovando em um ambiente de tecnologias cada vez mais imediatas.
O advento do smartphone rompeu com a tradição que grande parte da população tinha com as câmeras fotográficas. A empresa demorou de entender esse movimento e seguiu tentando se sobressair em um segmento que cada vez mais ia perdendo sua força, até chegar ao que é atualmente.
Nesta semana, a marca emitiu um comunicado dizendo que não tem liquidez suficiente para seguir em atividade. Isto é, dada a falta de recursos próprios, a qualquer momento, a empresa pode fechar as portas.
Leia mais: Governo anuncia hoje medidas contra tarifaço dos Estados Unidos
O relatório foi divulgado junto do balanço do segundo trimetsre, quando a empresa reportou um prejuízo de US$ 26 milhões. Na separação por ação, o resultado foi negativo em US$ 0,36 aos investidores. Logo em seguida, afirmou:
“A Kodak tem dívidas vencendo nos próximos 12 meses e não possui financiamento garantido ou liquidez disponível para cumprir tais obrigações de dívida, caso se tornem devidas de acordo com seus termos atuais”, disse a empresa.“Essas condições levantam dúvidas substanciais sobre a capacidade da Kodak de continuar em continuidade operacional”, completou.
Atualmente, a Kodak tem suas ações negociadas na bolsa de valores de Nova Iorque, onde contabiliza um valor de mercado de US$ 450 milhões. Nesta quarta, cada ação operava por volta de US$ 5,50, com uma leve recuperação em relação à cotação da véspera.
No entanto, desde o começo do ano, os papéis acumulam uma desvalorização de quase 17% no mercado. Por isso, quem investiu na companhia quando ela chegou na bolsa, em 2013, perdeu um bom dinheiro, mostram os dados de NYSE.
Plano B
De acordo com a marca, uma das saídas para quitar as dívidas é encerrar o plano de aposentadoria. A decisão sobre isso deve acontecer na próxima sexta-feira (15), quando ela deve informar se há recursos suficientes para pagar os participantes do plano.
O lado positivo desta história é que as tarifas impostas por Donald Trump não devem pressionar ainda mais os números da companhia. No mesmo comunicado, a direção destacou que a produção da Kodak está nos Estados Unidos, por isso, fora do tarifaço que inclui importações que chegam aos EUA.
A empresa de fotografia passou por uma recuperação em 2012, quando declarou ter mais de US$ 6,7 bilhões em dívidas. Diante da proteção, a empresa conseguiu momentaneamente colocar as contas no eixo.
Depois disso, ainda foi contratada pelo governo dos EUA para atuar em um setor diferente, o da indústria farmacêutica. Agora, tenta aliar suas produções e ainda licenciar sua marca para outras linhas de materiais, como smartphones.

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