Mineradoras de terras raras derretem até 12% na bolsa americana; saiba o motivo

Investidores globais recalculam rota em semana decisiva, com encontro entre Donald Trump e Xi Jinping.

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Publicado em 27/10/2025 às 16:06h - Atualizado 11 horas atrás Publicado em 27/10/2025 às 16:06h Atualizado 11 horas atrás por Lucas Simões
Controle chinês sobre terras raras dita volatilidade dos investimentos (Imagem: Shutterstock)
Controle chinês sobre terras raras dita volatilidade dos investimentos (Imagem: Shutterstock)
No início do mês de outubro, investir em terras raras estava no hype positivo, com ações de mineradoras listadas na bolsa americana chegando a se valorizar +30% em apenas um dia, com esse seleto grupo de commodities metálicas ditando uma nova escalada de tensões geopolíticas entre os Estados Unidos e a China. Mas, agora a volatilidade tomou o cenário inverso.
Isso porque os papéis da mineradora australiana Critical Metals (CRML), listados na bolsa americana, despencavam -12,5% nesta segunda-feira (27), negociados por US$ 13,16 cada. E tamanha correção sofrida na empresa não é caso isolado.
A USA Rare Earth (USAR), mineradora americana que atua no Colorado, Oklahoma e Texas, viu suas ações recuarem quase -10%, valendo US$ 21,41 cada. Em sua capacidade máxima, a companhia é capaz de produzir 5 mil toneladas de ímãs, que abastecem parte da demanda da indústria de defesa e aeroespacial dos EUA.
Como pano de fundo, a queda dos investimentos relacionados às terras raras acontece em meio a declarações de autoridades do governo americano de que a China deve adiar a introdução de controles de exportação de minerais essenciais como parte de um acordo comercial mais amplo.

Terras raras e guerra comercial

O próprio secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse em entrevista à NBC News que tanto os americanos quanto os chineses devem chegar a um acordo para evitar uma nova tarifa comercial de 100% dos EUA sobre produtos da China, com a nação asiática pronta para adiar a imposição de controles rígidos de exportação de terras raras.
Nesta próxima quinta-feira (30), os presidentes de ambos os países, Donald Trump e Xi Jinping, terão um encontro presencial na Coreia do Sul. A bordo do Air Force One, o avião presidencial, Trump disse hoje que tanto ele quanto Xi Jinping estariam prontos para conseguir um acordo comercial.
Enquanto as jogadas no tabuleiro geopolítico se desenham, a China tem uma baita carta na manga, uma vez que é a líder mundial em reservas provadas de minerais críticos, responsável por 70% do suprimento das cadeias globais, fora que são os chineses que processam 90% dessas commodities metálicas, uma vez que importam os materiais brutos de outros países e os refinam.
O VanEck Rare Earth and Strategic Metals ETF (REMX), fundo de índice listado na bolsa americana que investe em várias mineradoras de terras raras ao redor do mundo de uma só vez, também operava no vermelho, com suas cotas se desvalorizando -4,8% e valendo US$ 69,93 cada.

USAR

USA Rare Earth, Inc.
Cotação

R$ 21,60

Variação (12M)

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