Mercado reage: Lula e Trump se encontram e Ibovespa (IBOV) flerta com novo recorde

Índice da B3 sobe quase 1% e chega ao maior patamar da história, com apoio das blue chips.

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Publicado em 27/10/2025 às 11:24h - Atualizado Agora Publicado em 27/10/2025 às 11:24h Atualizado Agora por Wesley Santana
B3 reúne centenas de companhias de capital aberto (Imagem: Shutterstock)
B3 reúne centenas de companhias de capital aberto (Imagem: Shutterstock)

O Ibovespa (IBOV) retornou à casa dos 147 mil pontos na manhã desta segunda-feira (27) e segue no caminho para marcar um novo recorde. Por volta das 11h, o principal indicador da bolsa de valores brasileira chegou a ser negociado em 147.962 pontos, um valor histórico.

O movimento avançou durante os minutos seguintes do pregão, mas logo recuou, se acomodando no patamar de 147.200 pontos, de acordo com dados da B3. Mesmo assim, a valorização em relação ao fechamento da última sexta-feira é de quase 1%.

A alta acelerada vem como resultado dos acontecimentos do último fim de semana, que têm potencial para destravar o valor do mercado de capitais no Brasil. O presidente Lula se encontrou com Donald Trump na Malásia, onde participam da reunião da Associação de Nações do Sudeste Asiático.

Entre outros temas discutidos, os dois líderes falaram sobre o tarifaço aplicado pelos EUA ao Brasil. Alguns dos produtos enviados ao país norte-americano sofrem taxação de 50%, conforme regra aplicada pela equipe de Trump.

Os dois lados ainda não chegaram a um acordo comum para a diminuição das tarifas, mas a indicação de um bom diálogo já animou o mercado. Empresas como Petrobras (PETR4), Vale (VALE4) e Itaú Unibanco (ITUB4) — que são as maiores do Ibovespa — receberam maior atenção dos investidores, com altas de até 0,7% no dia.

A maior alta do dia, porém, está nas mãos da Usiminas (USIM5), que avança mais de 6%, para R$ 5,25. Na sequência, aparecem MBRF (MBRF3) e Méliuz (CASH3), que crescem 6% e 4,7%, respectivamente.

Na ponta inferior, o pior resultado é visto no ticker das Casas Bahia (BHIA3), que cai 2,5%, para R$ 3,70. Raízen (RAIZ4) e Minerva (BEEF3) também recuam 2% e 1% no pregão, ainda conforme informações da B3.

Dólar também reage

O caminho positivo também se estende ao dólar, que aponta desvalorização de 0,25% em relação ao real. No mesmo horário, a moeda dos EUA estava cotada em R$ 5,38.

O real também se valorizava frente a outras divisas, como o euro (-0,2%), a libra (-0,1%) e o peso argentino (-1,1%).

A moeda brasileira também tem uma manhã positiva na conversão para as principais criptomoedas do mercado. No caso do Bitcoin (BTC), a queda é de 0,35%, no mesmo momento em que a cripto pressiona o dólar.

Já o índice CoinDesk 20, que reúne os 20 principais ativos digitais do mercado, subia quase 5%. O indicador era negociado acima dos 3.840 pontos.