Memecoin $LIBRA: Saiba o tamanho do prejuízo e lucro dos especuladores de cripto
Fornecedora de dados Nansen aponta perdas de US$ 251 milhões para 86% dos traders que negociaram projeto apoiado por presidente da Argentina

💣 O Bitcoin (BTC) está de escanteio desde o último final de semana, quando o principal assunto no mercado de criptomoedas virou o colapso da moeda baseada em meme de internet $LIBRA, que teve o apoio inicial do presidente da Argentina Javier Milei.
Muitos especuladores que resolveram embarcar no projeto cripto, que prometia também impulsionar a economia argentina, perderam bastante dinheiro. Cerca de 86% dos traders que negociaram a memecoin $LIBRA derreteram US$ 251 milhões, conforme dados da consultoria de dados Nansen Research.
O relatório assinado pelo analista Nicolai Søndergaard e publicado nesta semana aponta que a moeda virtual suspeita, incubada na rede da blockchain Solana (SOL), trouxe prejuízos para 70% das carteiras de criptomoedas entre os dias 16 e 18 de fevereiro de 2025, após investidores terem sido induzidos pelo apoio de Milei à $LIBRA.
Todavia, duas carteiras de criptomoedas que compraram a memecoin $LIBRA por volta das 22h01 (horário de Brasília) e venderam às 22h44 (horário de Brasília) no último dia 14 de fevereiro, obtiveram lucros de até US$ 5,4 milhões. A moeda virtual havia sido criada no mesmo dia, às 21h38, enquanto a publicação de Milei aconteceu às 22h01.
➡️ Leia mais: Solana (SOL) pode valer quanto com volta dos tokens da falida FTX?
$LIBRA: a linha do tempo
Poucas horas após o presidente argentino ter usado as suas redes sociais oficiais para apoiar à adoção à memecoin $LIBRA, com um link para o projeto denominado "Viva La Libertad Project", o valor de mercado da criptomoeda suspeita chegou a bater os US$ 4,5 bilhões.
"Muitos traders perderam dinheiro com o token $LIBRA, que em 14 de fevereiro tinha 50,7 mil detentores únicos, mas que até o dia último 18 de fevereiro, contava com apenas 35,7 mil detentores", destaca Søndergaard.
🔎 Olhando para todas as carteiras que tiveram um ganho ou perda absoluta de mais de US$ 1 mil, a Nansen Research encontrou um total de 15.431 carteiras.
Como dito antes, 86,07% dos endereços realizaram perdas que totalizam US$ 251 milhões, mostrando realmente a magnitude das perdas sofridas na recente jogada $LIBRA. Por outro lado, as outras 2.101 carteiras lucrativas foram capazes de levar para casa cerca de US$ 180 milhões em ganhos realizados.
Cerca de 57 carteiras entraram rapidamente, com 37 lucrando mais de US$ 1 mil, sugerindo que alguns dos primeiros participantes eram provavelmente simples bots em vez de grandes players que distribuíam milhões.
Também há carteiras que ainda apresentam ganhos e perdas não realizados. Segundo a fornecedora de dados criptos, 1.001 carteiras continuam segurando o token com perdas não realizadas combinadas de cerca de US$ 11 milhões, e 71 ainda estão com seus investimentos em alta, mas substancialmente menos, em 18 de fevereiro, às 8h, a US$ 540 mil.
➡️ Leia mais: Criptomoeda de tokens RWA dispara 100% em 2025, apesar de colapso da $LIBRA
Quem ainda investe em $LIBRA
O relatório ainda revele que, após o aumento inicial de alto volume e queda do preço do token nos dias 14 e 15 de fevereiro, algumas carteiras surpreendentemente seguem negociando $LIBRA. Desde 16 de fevereiro, 1.990 carteiras negociaram e/ou mantiveram o token, mas por que esse ponto de dados é interessante?
"Javier Milei repostou um tuíte em 17 de fevereiro, mencionando como não era fácil para o varejo comprar $LIBRA facilmente, fazendo com que o preço subisse momentaneamente (mas muito longe da alta anterior). Das mínimas em 17 de fevereiro, LIBRA subiu mais de 125% após o tuíte de Milei, então refez totalmente todo o movimento nas 24 horas seguintes", escreve o analista.
📉 Independentemente do horário de entrada, a maioria das carteiras ainda teve perdas realizadas, com 70% das carteiras perdendo dinheiro de 16 a 18 de fevereiro. Ao mesmo tempo, o maior ganhador de carteira única obteve lucro de cerca de US$ 25 milhões.
Por outro lado, as perdas dos "piores especuladores" na memecoin $LIBRA, distribuídos em apenas 15 carteiras, totalizaram US$ 33,7 milhões, com uma carteira ainda mantendo 57% do saldo inicial. A perda mais acentuada realizada veio da carteira de Dave Portnoy, com US$ 6,3 milhões.
"Até Solana (SOL) viu saídas de liquidez dispararem, mostrando como esses eventos podem se espalhar além de apenas um token. Neste ponto, o mercado de criptomoedas pode estar ficando cansado do mesmo ciclo de grandes promessas, pumps rápidos e saídas ainda mais rápidas", conclui o especialista.
BTC
Bitcoin$ 94.719,82
R$ 538,96 K
$ 1,88 Trilhão
49,34 %
1,03 %

Corrida por $TRUMP: Criptomoeda salta 50% após maiores entusiastas ganharem jantar com o presidente dos EUA
Somente os 220 maiores detentores da memecoin de Trump terão acesso ao jantar de gala, além de uma recepção VIP para os Top 25

Empresa de Trump quer lançar ETFs de cripto e energia com aporte bilionário
A proposta prevê um aporte inicial de R$ 1,4 bilhões, com alcance internacional, em uma parceria com a Crypto.com.

Bitcoin (BTC) ‘belisca’ nos US$ 94 mil e ultrapassa dona do Google em valor de mercado
O valor de mercado total da criptomoeda chegou a US$ 1,860 trilhão, superando o da Alphabet e da prata.

“Bitcoin pode sobreviver, o resto vai morrer”, afirma ex-chefe da SEC
Em entrevista à CNBC nesta quarta-feira (16), Gensler afirmou que o Bitcoin (BTC) tem potencial para sobreviver por muitos anos.

Metade em real, metade em Bitcoin? Lei quer liberar pagamento de salário em cripto
O projeto de lei quer liberar até 50% do salário em criptomoedas, com acordo individual, regras fiscais e educação financeira obrigatória.

Com nova regra para cripto nos EUA, Bitcoin (BTC) avança 3%
Outras criptomoedas também reagem positivamente ao anúncio de Trump.

Ações de big techs sobem até 20% no intervalo de uma hora; Bitcoin retoma US$ 82 mil
Tesla conseguiu o feito de avançar mais de 20% no intervalo de uma hora

Luiz Barsi da Faria Lima: Como gestor do Fundo Verde dribla Trump em 2025 com renda fixa?
Fundo Verde, liderado por Luis Stuhlberger, já acumula valorização superior a 26.000% desde 1997 e revela estratégia de investimentos em meio à guerra comercial