Megainvestidor rival de Luiz Barsi obtém vitória em AGE da Rossi (RSID3)

Empresário Silvio Tini, que rivaliza fatia no IRB Brasil RE com Barsi, é acusado de atingir pílula de veneno; entenda o caso

Publicado em 23/10/2024 às 19:15h - Atualizado Agora Publicado em 23/10/2024 às 19:15h Atualizado Agora por Lucas Simões

Poison pill da Rossi Residencial é ativada ao atingir fatia de 25% (Imagem: Shutterstock)

🗳️ Embora o empresário Silvio Tini de Araújo seja bem menos conhecido do grande público em relação ao seu rival, o megainvestidor Luiz Barsi, fato é que ambos disputam quem é o maior acionista pessoa física do IRB Brasil RE (IRBR3).

E justamente pelo seu apetite por negócios, Silvio Tini deu o que falar entre os acionistas da Rossi Residencial (RSID3) nesta quarta-feira (23).

Isso porque os próprios acionistas de RSID3 rejeitaram a proposta de caçar os direitos políticos do megainvestidor pessoa física, juntamente com a Largo Participações, já que ambos são acusados por membros da família fundadora da construtora em recuperação judicial de disparar a poison pill (pílula de veneno, em português).

Antes de mais nada, vale explicar que a poison pill é um mecanismo de proteção aos acionistas minoritários de uma empresa, impedindo que um acionista majoritário compre a maioria das ações de uma empresa listada em bolsa de valores, ao mesmo tempo, em que provoque mudanças profundas movidas pelo seu próprio interesse, podendo prejudicar os demais acionistas.

Megainvestidor X Família fundadora da Rossi Residencial

Foi em meio a esse contexto que Silvio Tini de Araújo e a Largo Participações foram acusados de atingir participação acionária, em conjunto, de 25% dentro da Rossi Residencial.

Conforme o estatuto da construtora, quando qualquer acionista de RSID3 adquire uma fatia igual ou superior a 25%, o mesmo é condicionado a realizar uma OPA (oferta pública de aquisição de ações) dos demais acionistas.

No detalhe da assembleia geral extraordinária (AGE), cerca de 68% dos acionistas de RSID3 rejeitaram a proposta da família fundadora e deram vitória ao megainvestidor, ao passo que 31% dos acionistas foram favoráveis à cassação de direitos políticos.

Desde 2022, a Rossi Residencial enfrenta uma recuperação judicial motivada por uma crise financeira e mais de R$ 1 bilhão em dívidas com credores. No acumulado do ano, RSID3 acumula desvalorização de 27%.