Margem Equatorial: ‘Novo pré-sal’ pode render R$ 419 bi ao PIB, diz Petrobras (PETR4)
Estudo aponta potencial de 700 mil barris por dia e geração de 2,1 milhões de empregos diretos na nova fronteira do petróleo.
Nesta segunda-feira (27), uma das principais executivas da Petrobras (PETR4) comentou sobre o potencial petrolífero da Foz do Amazonas. Segundo Daniele Lomba, gerente-geral de Licenciamento Ambiental e Meio Ambiente, o sucesso da exploração da região pode adicionar R$ 419 bilhões ao PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil.
“Do Rio Grande do Norte ao Amapá é uma área maior do que as bacias do Sudeste — Campos, Santos e Espírito Santo — então é importante que se conheça esse potencial, que vai ser importante para a nossa autossuficiência”, destacou durante palestra na Fundação Getulio Vargas (FGV).
Ela pontuou que um estudo feito pela companhia na região mostra que a Margem Equatorial tem potencial para produzir até 700 mil barris de petróleo por dia. Esse é o mesmo volume produzido atualmente pela vizinha Guiana, um dos países que mais vêm crescendo nos últimos anos, graças à exploração do petróleo.
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“Novas fronteiras são essenciais para garantir segurança energética e ajudar a acabar com a pobreza energética”, disse. “[Existe] uma grande expectativa de que a exploração se reverta em muito óleo e desenvolvimento econômico para o país”, continuou.
Ela ainda destacou que o estudo apontou a possibilidade de gerar até 2,1 milhões de empregos diretos na região. Em tributos, seriam incrementados mais R$ 25 bilhões apenas nos estados que dividem a bacia.
Há duas semanas, a Petrobras obteve licença dos órgãos reguladores para conduzir testes de exploração de petróleo na Margem Equatorial, região que cobre os estados do Norte do país. A autorização ainda não permite a extração direta do óleo, mas abre caminho para que isso seja realizado nos próximos anos.
Muitos analistas encaram a Margem Equatorial como o novo pré-sal, dado o potencial petrolífero da região. O próprio governo federal vê o ativo como uma “nova fronteira do desenvolvimento” do país.
“Com reservas potenciais estimadas em até 16 bilhões de barris de petróleo e possibilidade de produção de 1,1 milhão de barris por dia, a região é considerada o ‘novo pré-sal da Amazônia’ pela Petrobras e pelo Governo Federal”, diz nota do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.
“A licença vai possibilitar que a Petrobras mensure a quantidade de gás e petróleo que há no fundo do mar e, uma vez retirado de lá, se transforme em emprego e renda para o povo do Amapá, investimentos em saúde, educação, segurança e infraestrutura”, continuou a pasta, hoje comandada por Waldez Góes (PDT).
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