Mais um fundo imobiliário vai à justiça após calote da WeWork

A empresa deixou de pagar os aluguéis referentes aos meses de junho, julho e agosto.

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Publicado em 30/08/2024 às 16:37h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 30/08/2024 às 16:37h Atualizado 2 meses atrás por Elanny Vlaxio
A WeWork negou ter recebido qualquer notificação formal de despejo  (Imagem: Shutterstock)
A WeWork negou ter recebido qualquer notificação formal de despejo (Imagem: Shutterstock)

A disputa entre fundos imobiliários e empresas de escritórios flexíveis ganha mais um capítulo. O Vinci Offices (VINO11) tornou-se o mais recente fundo a recorrer à Justiça para despejar a WeWork de um de seus imóveis. A ação, ajuizada na última quinta-feira (29), envolve um imóvel localizado na tradicional Rua Oscar Freire, em São Paulo. 

📊 A ação judicial foi motivada pela inadimplência da WeWork, que deixou de efetuar os pagamentos dos aluguéis referentes aos meses de junho, julho e agosto. O fundo informou ter notificado formalmente a empresa sobre a situação. Essa dívida representa cerca de 5% da receita total do fundo e 4% da área bruta locável. 

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O fundo imobiliário também informou ter realizado uma reunião com representantes da Alvarez & Marsal, consultoria contratada pela WeWork, no início de agosto. A empresa teria proposto a devolução do imóvel em questão, condicionada à renúncia do fundo às penalidades contratuais por rescisão antecipada. 

🗣️ "Com o objetivo de preservar direito de seus cotistas, a gestão do fundo recusou a proposta e optou por exigir junto ao poder judiciário o cumprimento das obrigações previstas no contrato de locação", diz o comunicado. 

A WeWork, por sua vez, negou ter recebido qualquer notificação formal de despejo. Em comunicado, a empresa afirmou que suas operações no Brasil seguem funcionando normalmente em todos os imóveis. "Nossas ações temporárias têm o objetivo de acelerar as conversas para chegar a resoluções que sejam do melhor interesse de todo o nosso ecossistema, mutuamente benéficas e que estejam mais bem alinhadas com as condições atuais do mercado".