Lucro líquido da Sabesp (SBSP3) avança 76% em um ano; ações saltam 10%

Empresa diminui custos e despesas no intervalo de um ano, o que ajudou na alta do lucro.

Publicado em 12/08/2025 às 12:16h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 12/08/2025 às 12:16h Atualizado 2 meses atrás por Wesley Santana

Sabesp é uma empresa criada pelo governo de São Paulo, mas privatizada em 2024 (Imagem: Shutterstuck)

Em balanço divulgado nesta segunda-feira (11), a Sabesp (SBSP3) reportou um lucro líquido de R$ 2,1 bilhões no segundo trimestre de 2025. O número representa um avanço de 76,6% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado.

A ex-estatal também viu um crescimento importante no Ebitda (lucro antes de juros, impostos e amortizações) que totalizou R$ 3,8 bilhões no 2T25, com alta de quase 30% na base anual. Já a receita líquida avançou para perto de R$ 8,965 bilhões, uma valorização de 32,8% na mesma comparação.

Grande parte deste movimento de alta está relacionado ao avanço operacional da companhia, decorrente do processo de privatização. Houve uma redução de custos e despesas que chegou perto de meio bilhão de reais, o que deu fôlego em outras partes.

Na conta da redução estão R$ 246 milhões com amortizações, R$ 200 milhões com “provisões legais” e R$ 80 milhões com funcionários, por exemplo. No intervalo de um ano, a companhia de saneamento demitiu cerca de 200 funcionários, conforme comparativo entre junho de 2024 e de 2025.

“Queremos eventualmente acelerar o investimento para anteciparmos as metas (de universalização) e, com isso, continuar melhorando os indicadores de eficiência para liberar recursos próprios e eventualmente contratarmos crescimento adicional fora da área atual de atuação da empresa", disse o diretor financeiro, Daniel Szlak,.

Atualmente, a Sabesp cobre mais da metade de todas as cidades do Estado, mas segue no processo de atingir a universalização de água e esgoto na região. O executivo destacou que a empresa gostaria de atender 90% das cidades, por isso tem interesse na participação de leilões que venham a ocorrer em outros locais.

Depois do resultado, os investidores reagiram com bastante entusiasmo ao balanço, fazendo com que as ações cresçam cerca de 10% no pregão nesta terça (12). Por volta das 12h, cada papel operava perto de R$ 122, um recorde histórico.

No total, a capitalização da companhia já passa de R$ 82 bilhões, segundo dados da bolsa de valores. Desde o começo do ano, a valorização das ações é de 38%.

Um levantamento do Investidor 10 mostra que, quem adquiriu R$ 1 mil em ações da companhia há cinco anos, tem hoje na carteira o total de R$ 2.165. No mesmo período, a inflação oficial somou R$ 368,30 e as aplicações corrigidas pelo CDI, R$ 598.