Kings League: “Novo futebol” mistura influenciadores, milhões em jogo e audiência recorde
Fundada pelo ex-zagueiro espanhol Gerard Piqué e o streamer Ibai Llanos, a Kings League nasceu na Espanha em 2023.

⚽ A cena é um estádio lotado, mas o clima lembra mais um festival digital do que um jogo de futebol tradicional. Câmeras ao vivo, influenciadores no centro do campo, regras inusitadas e uma torcida vibrando tanto no estádio quanto online.
Esse é o novo normal da Kings League, uma liga de futebol 7 criada para a geração conectada — e que pode estar desenhando o futuro do entretenimento esportivo.
Fundada pelo ex-zagueiro espanhol Gerard Piqué e o streamer Ibai Llanos, a Kings League nasceu na Espanha em 2023 com um objetivo claro: romper com os modelos tradicionais do futebol e torná-lo mais dinâmico, acessível e interativo para o público jovem. E a fórmula deu certo — muito certo.
Como funciona a Kings League?
Misturando elementos do futebol de 7 com dinâmicas de jogos e reality shows, a Kings League apresenta partidas de 40 minutos, divididas em dois tempos de 20, com uma série de regras que fogem completamente do tradicional. Entre as inovações estão:
- Disputa de bola inicial ao estilo "pique-bandeira": dois jogadores correm do gol ao centro para disputar a bola;
- Entrada progressiva dos jogadores: um novo jogador entra a cada minuto até que os times estejam completos;
- Cartas surpresas: podem mudar o ritmo da partida com gols dobrados, pênaltis instantâneos ou até a exclusão de jogadores adversários;
- "Gol de ouro" e "shootouts": para decidir partidas empatadas, em vez dos tradicionais pênaltis.
Com essa dinâmica, cada jogo vira um espetáculo imprevisível — parte esporte, parte entretenimento.
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Um fenômeno global em números
A estreia da Kings League Brasil, em 2025, foi um divisor de águas para o projeto. A edição nacional alcançou 78,8 milhões de visualizações ao vivo ao longo do primeiro split, tornando-se a mais assistida da história da competição.
Para se ter uma ideia da dimensão do fenômeno, a final brasileira, realizada no Allianz Parque (São Paulo), reuniu mais de 40 mil pessoas presencialmente — número comparável aos grandes clássicos do futebol nacional.
A audiência tem se mostrado expressiva não só no Brasil, mas também em outras edições como Espanha, México e América Latina.
E os números não param de crescer, puxados principalmente pelo engajamento de jovens abaixo dos 34 anos, segundo dados da SportsPro Media.
Celebridades no comando dos times
Um dos trunfos da Kings League é o envolvimento direto de celebridades e influenciadores no projeto. Os times são presididos por nomes conhecidos do esporte e da internet, o que aproxima ainda mais o torneio do seu público-alvo.
Na edição brasileira, nomes como Neymar Jr., Ludmilla, Kaká, Gaules, Nobru e o canal Desimpedidos lideram suas respectivas franquias.
Esses influenciadores não apenas emprestam suas imagens, mas participam ativamente das decisões dos times e interagem com os fãs nas redes sociais, onde a liga mantém forte presença.
O perfil da Kings League Brasil no Instagram já acumula mais de 1,7 milhão de seguidores, e os conteúdos multiplataforma são distribuídos via Twitch, YouTube, TikTok e outras redes — com transmissões simultâneas, making-ofs e bastidores exclusivos.
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Um modelo de negócios disruptivo
Ao contrário das ligas tradicionais, que dependem fortemente de direitos de transmissão televisiva, a Kings League aposta em monetização via patrocínios digitais, publicidade integrada ao conteúdo e experiências ao vivo.
Em 2024, o projeto recebeu um investimento de €60 milhões (cerca de R$ 340 milhões), com o objetivo de expandir para novos mercados como Itália, França e Estados Unidos, segundo o site Tech.eu.
A lógica é clara: transformar cada partida em um produto de entretenimento completo, que possa ser consumido ao vivo ou sob demanda, dentro e fora das redes sociais — sempre com foco em experiência digital, engajamento e interatividade.
Concorrência com o futebol tradicional?
💲 Embora a Kings League não tenha como objetivo substituir o futebol tradicional, o sucesso da liga está acendendo um alerta entre clubes, federações e organizadores de grandes campeonatos.
Sua proposta se conecta diretamente com a nova geração de fãs, menos apegada a clubes centenários e mais interessada em formatos rápidos, personalizáveis e digitais.
Mais do que um concorrente direto, a Kings League pode representar um novo braço do ecossistema esportivo, assim como o eSports se estabeleceu ao lado dos esportes tradicionais.
O futuro da liga
📈 O próximo passo já está em andamento. A Queens League, versão feminina da competição, deve estrear em breve no Brasil, com o mesmo formato e visibilidade.
Além disso, está prevista a Kings World Cup, que reunirá times de diferentes países para um campeonato internacional, aumentando ainda mais a escala do projeto.
Com uma base jovem, conectada e engajada, a Kings League mostra que o futuro do futebol — e do entretenimento esportivo como um todo — pode ser mais diverso, interativo e digital do que nunca.

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