Ibovespa e dólar tentam se recuperar, de olho nas eleições e na Super Quarta

Mercado monitora as negociações em torno da candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência.

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Publicado em 08/12/2025 às 11:50h - Atualizado Agora Publicado em 08/12/2025 às 11:50h Atualizado Agora por Marina Barbosa
Operadores agem com cautela, após o tombo de 6ª feira (Imagem: Shutterstock)
Operadores agem com cautela, após o tombo de 6ª feira (Imagem: Shutterstock)

A bolsa brasileira abriu a semana em alta, tentando se recuperar do tombo de 4,31% sofrido na sexta-feira (5).

📈 O Ibovespa subia cerca de 1% nas primeiras horas do pregão e, com isso, ia tentando recuperar os 159 mil pontos. 

Já o dólar opera em baixa e, com isso, vai devolvendo parte dos ganhos registrados na sessão anterior.

Às 11h10, o Ibovespa subia 0,99% aos 158.944 pontos e o dólar recuava 0,72%, cotado a 5,39%.

Eleições

🔎 O movimento ocorre depois que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) indicou que pode desistir de concorrer à presidência da República em 2026.

O senador disse na sexta-feira (5) que foi escolhido pelo pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como seu candidato nas eleições do próximo ano.

O anúncio, no entanto, surpreendeu a ala política e o mercado. Como resultado, o Ibovespa afundou 4,31% e o dólar subiu mais de 2%, no pior dia da bolsa brasileira desde 2021.

O mercado esperava que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fosse o candidato da direita em 2026.

Além disso, avalia que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria mais chances de conseguir a reeleição em uma disputa com Flávio.

O senador minimizou a reação do mercado, mas admitiu no domingo (7) que pode não ser candidato à presidente no ano que vem. 

Ele vai se reunir com líderes partidários para discutir o cenário eleitoral nesta segunda-feira (8) e, depois disso, deve anunciar suas condições para desistir do pleito.

"Tem uma possibilidade de eu não ir até o fim e eu tenho um preço para isso, que eu vou negociar", afirmou Flávio Bolsonaro.

Copom

Além de novas pistas sobre o cenário eleitoral de 2026, o mercado já se prepara a Super Quarta, que trará decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos.

🏦 A expectativa é de que o Copom (Comitê de Política Monetária) mantenha a Selic em 15% ao ano, mas dê pistas do que esperar em 2026. 

O mercado quer saber se há chance de os juros brasileiros começarem a cair em janeiro ou se os cortes devem começar só em março de 2026.

Na dúvida, os analistas elevaram de 12% para 12,25% a projeção para a taxa de juros do final de 2026 no Boletim Focus desta semana. 

Já nos Estados Unidos, a expectativa é de um novo corte de 0,25 ponto percentual dos juros. A decisão, contudo, não deve ser unânime. Por isso, as bolsas americanas abriram a semana de forma mista, com os investidores aguardando os recados do Fed (Federal Reserve).