Ibovespa barato e fundamentos firmes; Brasil vira 'queridinho' dos investidores globais
Para a equipe de estratégia da XP, liderada por Fernando Ferreira, o país está em posição privilegiada.

💰 O cenário para os mercados emergentes mudou consideravelmente em 2025, e a América Latina se tornou a grande protagonista desse novo ciclo.
Com uma valorização de 24,7% em dólares no primeiro semestre, a região passou de um desempenho fraco em 2024 para ocupar o topo das preferências dos investidores globais.
Neste contexto, o Brasil desponta como peça-chave e é apontado por analistas e instituições financeiras como o “queridinho”.
Fundamentos sólidos impulsionam otimismo com o país
Para a equipe de estratégia da XP, liderada por Fernando Ferreira, o país está em posição privilegiada, sustentado por fatores como valuation atrativo, fundamentos microeconômicos sólidos, fim do ciclo de aperto monetário e maior liquidez em relação aos demais mercados da região.
Entre os fatores que reforçam o otimismo estão:
- Juros altos, mas em trajetória de queda: A taxa Selic permanece em 15% ao ano, e o mercado já sinaliza o fim do ciclo de alta. A transição para um ambiente de inflação elevada com juros em queda é apontada como um dos principais motores de retorno para os ativos de risco.
- Valuation descontado e retorno elevado: Os papéis brasileiros são vistos como baratos, com múltiplas fontes de valorização e pagamento de dividendos robustos.
- Perspectiva política no radar: Com a eleição de 2026 se aproximando, o mercado antecipa movimentações políticas, o que tende a ampliar as oportunidades de negociação.
- Estrutura de mercado madura: O Brasil representa quase 60% do MSCI LatAm, evidenciando sua importância relativa e profundidade frente a outros países como México, Chile e Peru.
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Aumento de protagonismo e solidez estrutural
O Brasil ganhou relevância no índice MSCI LatAm ao longo das últimas décadas, ampliando sua presença de 48,6% em 2004 para 59,8% em 2025.
Enquanto isso, o número total de empresas listadas caiu, com o Brasil sendo o único país da região que aumentou sua representatividade.
A gestora Ashmore também aponta que, apesar das incertezas, a América Latina apresenta fundamentos mais organizados.
Inflação sob controle, déficits externos equilibrados e desemprego em níveis baixos reforçam o cenário positivo.
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Grandes instituições reforçam a atratividade brasileira
O JPMorgan mantém recomendação “overweight” para o Brasil, classificando o país como uma das histórias mais interessantes entre os emergentes.
Fatores como câmbio forte, produção agrícola robusta e inflação em queda explicam essa visão.
Já o UBS elevou o Brasil de neutro para “overweight”, sinalizando maior confiança no país. A percepção de que o ciclo de alta da Selic chegou ao fim e a expectativa de um governo mais alinhado ao centro nas próximas eleições colaboram com essa mudança.
📈 Mesmo com o desempenho positivo, os fluxos para mercados emergentes continuam instáveis. Isso exige atenção contínua dos investidores quanto aos desdobramentos políticos e econômicos, tanto no Brasil quanto no cenário internacional.

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