Ibovespa afunda 1,32% em 4ª sessão consecutiva de queda com tensão entre China e EUA
O principal índice da B3 (B3SA3) recuou 1,32%, fechando aos 123.931 pontos, acumulando uma perda de mais de 7 mil pontos em apenas quatro pregões.

🚨 O mercado financeiro brasileiro voltou a sentir o peso das incertezas globais. Pela quarta sessão consecutiva, o Ibovespa encerrou o dia em queda expressiva, refletindo a escalada nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China.
O principal índice da B3 (B3SA3) recuou 1,32%, fechando aos 123.931 pontos, acumulando uma perda de mais de 7 mil pontos em apenas quatro pregões.
Enquanto isso, o dólar comercial avançou 1,46%, encerrando a sessão a R$ 5,997, depois de ter ultrapassado a barreira dos R$ 6 durante o dia.
Os juros futuros (DIs) também subiram em toda a curva, sinalizando maior aversão ao risco por parte dos investidores.
Nova tarifa dos EUA contra a China muda o rumo do pregão
O dia até começou com clima positivo. As bolsas da Ásia fecharam com resultados mistos, mas importantes praças como Tóquio e Xangai registraram alta.
Na Europa, o otimismo foi ainda maior, com índices subindo mais de 2%. O Ibovespa chegou a operar no azul, acumulando ganhos superiores a 1% pela manhã.
Tudo mudou com o anúncio de uma nova tarifa norte-americana sobre produtos chineses.
Washington decidiu impor um tributo de 104% sobre determinados itens importados da China, com entrada em vigor já nesta quarta-feira (9).
A medida foi anunciada em meio a um contexto de retaliações mútuas e negociações estagnadas entre as duas maiores potências do mundo.
Segundo a secretária de imprensa do ex-presidente Donald Trump, Karoline Leavitt, “Trump acredita que a China deseja negociar, e precisa negociar com os EUA, e que eles erraram ao retaliar”.
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Mercados globais reagem: investidores preferem esperar
A resposta dos mercados foi imediata. Em Nova York, os principais índices, que chegaram a subir mais de 3%, inverteram o sinal e fecharam no vermelho.
A cautela tomou conta dos investidores, que passaram a reavaliar os riscos de uma guerra comercial prolongada e com desdobramentos imprevisíveis.
No Brasil, a leitura é que, embora o país esteja menos exposto ao comércio exterior do que outras economias, os efeitos indiretos são inevitáveis.
“Por enquanto, o Brasil está relativamente melhor posicionado. Nós somos uma economia mais fechada, globalmente, caímos no ‘bracket’ mais baixo de tarifas, então, relativamente, a gente está melhor”, avaliou André Lion, gestor da Ibiuna Investimentos, durante evento promovido pelo Bradesco BBI.
Desempenho das ações
O cenário de incerteza teve reflexos diretos nas ações listadas na B3. Gigantes como Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) amargaram quedas significativas de 5,48% e 3,56%, respectivamente.
A mineradora sofreu com a perspectiva de desaceleração da demanda chinesa, enquanto a petroleira foi penalizada pela queda do petróleo no mercado internacional.
Entre os grandes bancos, o movimento foi misto. Itaú Unibanco (ITUB4) conseguiu fechar praticamente estável, com leve alta de 0,03%. Já Bradesco (BBDC4), Santander (SANB11) e Banco do Brasil (BBAS3) encerraram no vermelho.
No setor de varejo, o tombo foi ainda mais acentuado.Magazine Luiza (MGLU3) liderou as perdas do dia, com desvalorização de 13,41%, após um corte de recomendação por parte de um banco internacional. Assaí (ASAI3), uma das ações mais negociadas, caiu 4,24%.
Por outro lado, algumas poucas ações conseguiram se descolar do cenário negativo. Embraer (EMBR3) subiu 0,82%, impulsionada por declarações da empresa de que as tarifas impostas pelos EUA não devem afetar suas projeções para 2025. BB Seguridade (BBSE3) e Caixa Seguridade (CXSE3) também avançaram, com altas de 0,95% e 2,58%, respectivamente.
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Tensão permanece no radar
A continuidade da volatilidade parece inevitável. Além dos desdobramentos da guerra comercial, investidores vão acompanhar dados importantes ao longo da quarta-feira. No Brasil, será divulgado o desempenho do varejo em fevereiro.
Nos EUA, sai a ata da última reunião do Federal Reserve, que pode dar pistas sobre os próximos passos da política monetária americana.

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