Hora de investir na China? Bolsas de valores por lá têm melhor ganho desde 2017

Investimento em ações chinesas volta a atrair o interesse de estrangeiros, com destaque para tecnologia.

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Publicado em 27/09/2025 às 10:59h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 27/09/2025 às 10:59h Atualizado 3 meses atrás por Lucas Simões
O principal índice da Bolsa de Xangai bateu sua máxima da década (Imagem: Shutterstock)
O principal índice da Bolsa de Xangai bateu sua máxima da década (Imagem: Shutterstock)
Desde a pandemia de Covid-19, a China que conhecíamos, cujo Produto Interno Bruto (PIB) crescia anualmente acima de 5%, mudou. As bolsas de valores por lá andavam em um marasmo só, até que em 2025 o investimento em ações chinesas voltou a dar pé, atraindo até os estrangeiros.
Só o principal índice acionário da Bolsa de Valores de Xangai atingiu o seu maior patamar da década no último dia 17 de setembro, quase tocando os 27 mil pontos.
Já o maior mercado financeiro da Ásia, situado no território chinês de Hong Kong, viu o seu índice acionário Hang Seng disparar +30% em 2025, o melhor desempenho anual desde 2017, quando na época decolou +36%.
Na opinião de analistas, o motivo para a nova onda de valorizações com investimentos na China tem a ver com os estímulos empregados pelo governo do presidente chinês Xi Jinping, que voltou a focar no crescimento econômico como forma de combater a pressão deflacionária.
E, apesar da guerra comercial travada com os Estados Unidos de Donald Trump, até mesmo grandes gestoras de fortunas em Wall Street voltaram a colocar dinheiro em empresas chinesas, caso da firma americana Ark Investment Management que investe no gigante Alibaba (BABA), conglomerado chinês dono do Aliexpress.
Inclusive, a divisão de armazenamento de dados em nuvem da companhia, o Alibaba Cloud, planeja desembarcar no Brasil, com plano de data centers. No acumulado do ano, BABA registra valorização de +102%.

Como investir na China?

Atualmente, o investidor brasileiro tem diversas opções de colocar parte do seu patrimônio na China, seja realizando o stock picking em algumas empresas da nação asiática listadas na bolsa americana, seja por meio dos ETFs, que, aliás, até existe alternativa caseira presente na própria B3.
O ETF XINA11 é uma das formas mais práticas de se expor às ações chinesas sem deixar a zona de conforto da bolsa brasileira. Esse fundo de índice gerenciado pela XP Vista Asset Management aplica o dinheiro dos cotistas nas empresas de grande poder financeiro e relevante fatia de mercado chinês.
Segundo dados do Investidor10, se você tivesse investido R$ 1 mil no ETF XINA11 há dois anos, hoje você teria R$ 1.567,10, já considerando o reinvestimento dos dividendos. A simulação também aponta que o Ibovespa teria retornado R$ 1.233,10 nas mesmas condições.
Já na bolsa americana, o leque de opções para chegar até a China é maior. Só o iShares MSCI Hong Kong ETF (EWH), que investe em empresas da maior bolsa de valores da Ásia, acumula ganhos de quase +30% em 2025.
Por sua vez, o iShares MSCI China ETF (MCHI), que também engloba companhias da China continental, dispara +37% no ano. Outra alternativa é o Invesco China Technology ETF (CQQQ), que investe apenas nas gigantes de tecnologia chinesas, cuja valorização é de +45% em 2025.
Caso o investidor seja mais adepto ao stock picking, existem algumas companhias chinesas que têm suas ações negociadas tanto nos EUA quanto no Brasil, como:
  1. Alibaba (BABA) nos EUA / Alibaba (BABA34) no Brasil
  2. Baidu (BIDU) nos EUA / Baidu (BIDU34) no Brasil
  3. Bilibili (BILI) nos EUA / Bilibili (B1IL34) no Brasil
  4. JD.Com (JD) nos EUA / JD.Com (JDCO34) no Brasil
  5. Li Auto (LI) nos EUA
  6. Netease (NTES) nos EUA
  7. Nio Inc. (NIO) nos EUA
  8. Xpeng Inc. (XPEV) nos EUA

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