Fitch e S&P Global rebaixam nota de crédito da Braskem (BRKM5)

Ebitda e alavancagem foram os dois principais motivos para as revisões.

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Publicado em 28/05/2025 às 11:17h - Atualizado 18 horas atrás Publicado em 28/05/2025 às 11:17h Atualizado 18 horas atrás por Wesley Santana
Braskem é a maior petroquímica do Brasil (Imagem: Shutterstuck)
Braskem é a maior petroquímica do Brasil (Imagem: Shutterstuck)

No intervalo de 24 horas, a Braskem (BRKM5) recebeu dois comunicados nada positivos. Duas das maiores agências de classificação de risco do mundo decidiram rebaixar suas notas de crédito para a companhia. 

🔎 O primeiro rebaixamento veio na terça-feira (28) da S&P Global, que cortou o rating de “BB+” para “BB”. Os analistas destacaram que a decisão estava amparada no fraco Ebitda da petroquímica e nas métricas de crédito apresentadas nos últimos trimestres. 

“O Ebitda e a geração de fluxo de caixa da Braskem não melhoraram nos últimos trimestres, e as condições de mercado fracas e prolongadas provavelmente continuarão a pressionar métricas de crédito da empresa”, ponderam os analistas da S&P Global.

Já nesta quarta (28), foi a vez da S&P Global também reduzir sua avaliação para o ativo, na mesma perspectiva de “BB+” para “BB”. Neste caso, a empresa também reavaliou as dívidas das subsidiárias da Braskem nos Estados Unidos e na Holanda, de “BB+” para “BB” e de “BB-” para “B+/RR4”. 

“O rebaixamento reflete o prolongado ciclo mais baixo dos spreads (sobretaxas) petroquímicos da Braskem, resultando em um perfil financeiro mais fraco do que o projetado anteriormente pela Fitch”, diz o relatório publicado pela agência. 

A Fitch, no entanto, reconheceu que a Braskem está trabalhando para reduzir a queima de caixa e ponderou todas as ações divulgadas pela companhia. “A empresa trabalha com iniciativas capazes de mitigar o consumo de caixa, incluindo racionalização de ativos e investimentos, redução de custos, renegociações e incentivos à competitividade da indústria brasileira”, escreveram os analistas.

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Já a S&P considera que a alavancagem da companhia deve terminar o ano de 2025 próxima de 6 vezes e ser reduzida para até 5 vezes em 2026. "Mesmo assumindo que a Braskem consiga vender volumes maiores graças às tarifas de importação mais altas de produtos petroquímicos no Brasil durante a maior parte deste ano, prevemos agora uma alavancagem em torno de 6 vezes até o final de 2025", destaca a agência.

Nesta quarta, as ações da Braskem são negociadas com alta de 0,8% na bolsa de valores brasileira. Por volta das 11h, os papéis operavam acima de R$ 11,50.

No entanto, quem investiu na companhia no começo do ano, está com prejuízos na carteira. Desde janeiro, a valorização é negativa em quase 20%, ainda de acordo com informações da B3. 

BRKM5

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