Fed reduz juros pela 3ª reunião seguida, mas vê menos cortes em 2025

Fed cortou os juros americanos em 0,25 ponto percentual, para o intervalo entre 4,25% e 4,50%.

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Publicado em 18/12/2024 às 16:36h - Atualizado 1 minuto atrás Publicado em 18/12/2024 às 16:36h Atualizado 1 minuto atrás por Marina Barbosa
Fed é o Banco Central dos Estados Unidos (Imagem: Shutterstock)
Fed é o Banco Central dos Estados Unidos (Imagem: Shutterstock)

O Fed (Federal Reserve) cortou a taxa de juros dos Estados Unidos em 0,25 ponto percentual nesta quarta-feira (18). Com isso, os juros americanos passam a oscilar entre 4,25% e 4,50%.

💲 Este é o terceiro corte consecutivo dos juros americanos. O Fed deu início a este ciclo de afrouxamento da política monetária com um corte de 0,50 ponto percentual em setembro, mas já havia reduzido o ritmo dos ajustes para 0,25 ponto percentual em novembro.

Ao comunicar o novo corte nesta quarta-feira (18), o Fed disse que a inflação americana segue progredindo em direção à meta anual de 2%, "mas continua um tanto elevada". Além disso, observou que a economia americana continua crescendo em um "ritmo sólido".

Diante da força da economia americana e da previsão de que a política comercial defendida por Donald Trump pressione a inflação, analistas já consideram a possibilidade de o Fed pausar os cortes de juros nas suas próximas reuniões e essa hipótese ganhou força nesta quarta-feira (18) diante das novas projeções do Fed.

Fed projeta mais 2 cortes em 2025

📉 O Fed já projetou quatro novos cortes dos juros americanos em 2025. Agora, no entanto, só vê duas reduções de 0,25 ponto percentual no próximo ano, o que levaria a taxa para o patamar entre 3,75% e 4,00%.

De acordo com o presidente do Fed, Jerome Powell, o ajuste das projeções reflete a perspectiva de que a inflação será mais forte que o esperado inicialmente em 2025. Em setembro, o Fed previa uma inflação de 2,1% para 2025. Agora, no entanto, a expectativa é de 2,5%, com um núcleo de inflação também em 2,5%.

Segundo Powell, a incerteza sobre as políticas econômicas que serão adotadas no país a partir do próximo ano é um dos motivos por trás do aumento das expectativas de inflação. Ele disse, no entanto, que os integrantes do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) ainda estudam os possíveis impactos das tarifas prometidas por Trump na inflação.

Além disso, Powell ressaltou que essas projeções não são um plano ou uma decisão. Contudo, observou que o Fed poderia agir de forma mais cautelosa a partir de agora, já que os juros americanos caíram 1 ponto percentual nos últimos meses e, por isso, estão em um patamar "menos restritivo".

No comunicado da reunião desta quarta-feira (18), o Fomc acrescentou que "a perspectiva econômica é incerta" e garantiu que "estaria preparado para ajustar a postura da política monetária conforme apropriado caso surjam riscos que possam impedir a consecução dos objetivos do Comitê".

O comunicado ressalta ainda que as próximas decisões de política monetária serão tomadas depois da avaliação de "uma ampla gama de informações, incluindo leituras sobre condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação, além de desenvolvimentos financeiros e internacionais".