Bitcoin (BTC) é 'Labubu Digital'? Executivo da Vanguard critica, mas oferece ETF crypto
John Ameriks, líder global de ativos quantitativos da gestora Vanguard, tira sarro da maior criptomoeda do mundo.
Quando Satoshi Nakamoto criou o Bitcoin (BTC), ele decidiu que só haveria 21 milhões de Bitcoins. Por isso, também impôs limites para a mineração do criptoativo. A ideia é que o número de Bitcoins que entram em circulação caia pela metade a cada 210 mil blocos minerados, por meio de um evento chamado de halving. E o próximo halving está prestes a acontecer.
🪙 O halving acontece, em média, a cada quatro anos. O último foi em maio de 2020 e o próximo está previsto para meados de abril, ou seja, daqui a aproximadamente um mês. A data exata do evento ainda não é sabida, já que o halving depende do número de blocos minerados de Bitcoin. Mas, pelos cálculos do mercado, deve acontecer entre os dias 16 e 22 de abril.
O evento acontecerá quando o número de blocos minerados de Bitcoin atingir 840 mil. Atualmente, há 834,6 mil blocos minerados. Já o número de Bitcoins em circulação é de aproximadamente 19,6 milhões. Ainda resta, portanto, cerca de 1,4 milhão de Bitcoins para entrar em circulação. A mineração, no entanto, só deve chegar ao fim em 2140. Afinal, o halving diminui o ritmo de criação do criptoativo.
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Novos Bitcoins entram em circulação como uma recompensa por blocos minerados. Para garantir que o número total de Bitcoins não passe dos 21 milhões, o código da criptomoeda diz que essa "recompensa" cai pela metade a cada 210 mil blocos minerados. Daí o nome "halving", que vem do verbo "to halve" (reduzir pela metade, em inglês).
No início, os mineradores recebiam uma recompensa de 50 Bitcoins por bloco minerado, o que significa que 50 Bitcoins entravam em circulação a cada 10 minutos e 7.200 Bitcoins entravam na rede por dia. Em 2012, no entanto, houve o primeiro halving e essa recompensa caiu para 25. Em 2016, foi para 12,5. E em 2020 para 6,25. Com o novo halving, deve ir para 3,125 a partir de abril.
Veja como os halvings afetaram o número de Bitcoins que entram em circulação por dia:
Pelos cálculos do mercado, o Bitcoin passará por um total de 33 halvings até que todas as 21 milhões de unidades da criptomoeda estejam no mercado e que a mineração chegue ao fim, em 2140.
📈 O objetivo do halving é manter a escassez do Bitcoin, algo tido como fundamental para a valorização do criptoativo. A ideia é que a demanda pelo Bitcoin continuará subindo, enquanto o número de ativos que entram na rede diminui. O choque entre oferta e demanda tende, então, a elevar o preço do Bitcoin.
"Com o halving, o Bitcoin se torna um ativo mais raro. E, quando a emissão diminui, o valor percebido aumenta. O preço geralmente acompanha", explicou o presidente da ABCripto (Associação Brasileira de Criptoeconomia), Bernardo Srur.
Segundo ele, o Bitcoin segue uma lógica deflacionária e não inflacionária como a das moedas, que costumam valer menos com o passar do tempo por razões como o aumento da oferta. A lógica aplicada ao Bitcoin, portanto, é mais parecida com a de minerais como o ouro, que também têm um estoque minerável limitado.
Srur indicou que, seguindo essa lógica, o Bitcoin pode atingir um patamar de preço menos volátil no futuro e funcionar como uma reserva de valor, da mesma forma que o ouro. "A ideia é ter um limite de emissão e limites cada vez menores para que, ao invés de desvalorizar, continue com um valor percebido estável", afirmou.
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O Bitcoin já subiu mais de 58% em 2024. A criptomoeda começou o ano cotada a US$ 42,2 mil, mas chegou a ser negociada acima dos US$ 73 mil na última quarta-feira (13). A escalada começou com a aprovação dos ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos em janeiro, mas continua em ritmo acelerado, diante da expectativa pelo halving.
Depois do pico de US$ 73 mil na quarta-feira (13), o Bitcoin passou por um ajuste. A criptomoeda caiu nos últimos dias e neste domingo (17) é negociada por cerca de US$ 66,7 mil. Contudo, a expectativa é de que o ativo volte a subir e bata novos recordes. É que, embora comece a se valorizar antes mesmo do halving, o Bitcoin costuma subir muito mais depois do evento.
Em 2020/2021, por exemplo, o Bitcoin saltou 533% nos 365 dias seguintes ao halving, segundo levantamento da EY (Ernst & Young). O Bitcoin era negociado por US$ 6.379 um ano antes do último halving. No dia do evento, já estava valendo US$ 8.821, uma alta de 38%. E, depois de um ano, era negociado a US$ 55.847.
A alta, contudo, foi muito maior no primeiro halving, realizado em 2012. Naquela vez, o Bitcoin saltou de US$ 2,5 para US$ 12,5 nos 365 dias que antecederam o evento, uma valorização de 400%. Um ano depois, já era negociada acima dos US$ 1.000, com uma alta de 7.956%.
Veja como os halvings afetaram o preço do Bitcoin
1º halving, em 28 de novembro de 2012:
2º halving, em 9 de julho de 2016:
3º halving, 9 de julho de 2016:
Ainda falta cerca de um mês para o próximo halving, mas o Bitcoin já acumula uma valorização de 144% nos últimos 12 meses, segundo dados do Investidor10. Afinal, em março de 2023, era negociado perto dos US$ 25 mil e agora está valendo cerca de US$ 66,7 mil. Já em meados de abril de 2023, um ano antes da data estimada para o halving, o Bitcoin era negociado perto dos US$ 28 mil.
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