EUA podem aplicar tarifa zero a café, cacau e manga, diz secretário

Segundo Lutnick, recursos naturais não produzidos nos EUA podem ficar isentos da taxação.

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Publicado em 29/07/2025 às 13:58h - Atualizado 2 dias atrás Publicado em 29/07/2025 às 13:58h Atualizado 2 dias atrás por Marina Barbosa
Lutnick é o secretário de Comércio dos Estados Unidos (Imagem: Shutterstock)
Lutnick é o secretário de Comércio dos Estados Unidos (Imagem: Shutterstock)

Os Estados Unidos podem cobrar tarifas zero sobre a importação de recursos naturais que não são fabricados em solo americano.

A possibilidade foi admitida nesta terça-feira (29) pelo secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, e poderia beneficiar o agronegócio brasileiro.

Em entrevista à "CNBC", Lutnick disse que itens como manga, abacaxi, cacau e café poderiam entrar nessa lista, o que beneficiaria produtores brasileiros.

Os Estados Unidos são o maior importador do café brasileiro. Por isso, a possibilidade de que o produto seja taxado em 50% a partir de sexta-feira (1º) preocupa o setor.

🥭 Produtores de frutas também preveem perdas. Logo, têm pedido a exclusão dos alimentos das tarifas americanas.

A Abrafrutas (Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados) explicou que 12% das exportações do setor foram para os Estados Unidos em 2024. Isto é, o equivalente a US$ 148,3 milhões.

A manga foi a fruta mais exportada e entrou em fase de colheita justamente nesta última semana de julho, na véspera das tarifas. Por isso, o setor paralisou as vendas para entender como vai ficar a taxação.

Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu taxar em 50% as importações de todos os produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.

✈️ O governo brasileiro tem tentado negociar a reversão ou o adiamento das tarifas. Outra possibilidade é a isenção de certos produtos, como os alimentos e os aviões da Embraer (EMBR3).

Há uma expectativa de que os presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump tratem do assunto por telefone.

Contudo, o governo já prepara um plano de proteção para as empresas que devem ser mais afetadas pela taxação, caso não consiga fechar um acordo a tempo. Entre as medidas estudadas, estão linhas de crédito, compras governamentais e auxílios aos trabalhadores.