EUA impõem tarifa de 50% sobre aço e alumínio: Uma empresa da B3 sai ganhando
Trump dobrou a tarifa anunciada em fevereiro para proteger a indústria americana.

Os Estados Unidos dobraram as tarifas sobre a importação de aço de alumínio, de 25% para 50%, nesta quarta-feira (4).
💲 A medida foi anunciada pelo presidente Donald Trump como uma forma de proteger a indústria americana e pode afetar as exportações das siderúrgicas brasileiras.
Na avaliação de Trump, as tarifas de 25% impostas em fevereiro ajudaram a controlar os preços no mercado americano. Contudo, ainda não permitiram que as siderúrgicas americanas alcançassem "as taxas de utilização da capacidade produtiva necessárias para a saúde sustentada das indústrias e para as necessidades projetadas de defesa nacional".
O republicano acredita, então, que a nova tarifa de 50% "combaterá de forma mais eficaz os países estrangeiros que continuam a vender aço e alumínio excedentes e de baixo custo no mercado dos Estados Unidos, prejudicando assim a competitividade das indústrias de aço e alumínio dos Estados Unidos".4
Impacto para as empresas brasileiras
📉 O Brasil será diretamente impactado pelo tarifaço, pois é o segundo maior fornecedor de aço dos Estados Unidos, atrás apenas do Canadá. Segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), só a tarifa inicial de 25% poderia reduzir em até US$ 1,5 bilhão as exportações das siderúrgicas brasileiras.
A tarifa pode, então, afetar as vendas de algumas das empresas listadas na B3, especialmente Usiminas (USIM5) e CSN (CSNA3). A Vale (VALE3) também pode ser afetada, em menor grau.
Já a Gerdau (GGBR4) é apontada por especialistas como a principal beneficiária da medida na bolsa brasileira, já que tem operações nos Estados Unidos que ficarão livres da taxação.
Segundo o BTG Pactual, 60% do Ebitda da Gerdau já vem das operações mantidas em solo americano. E esses negócios estão "prontos para expandir a lucratividade".
📈 De fato, a Gerdau já havia relatado impactos positivos da tarifa de 25%, como um aumento da carteira de pedidos da divisão americana.
A expectativa, portanto, é de que as operações americanas da companhia não só ampliem as vendas, como também desfrutem de preços mais elevados nos Estados Unidos.
O BTG calcula até que o Ebitda da Gerdau poderia crescer 12% em relação ao seu cenário-base caso os preços do aço subissem 5% nos Estados Unidos.
Diante dessa avaliação, as ações preferenciais da Gerdau já subiram 6,5% na B3 nesta semana.

GGBR4
GERDAUR$ 16,70
0,31%
4,80 %
3.83%
10,35
0.6

Gerdau (GGBR4) dispara na bolsa com tarifas de Trump; veja o retorno esperado
O BTG Pactual calculou quanto o Ebitda da Gerdau pode crescer com a nova tarifa sobre o aço dos EUA.

Gerdau (GGBR4) aprova emissão de R$ 1,375 bilhão em debêntures
Não foram divulgados detalhes sobre prazos, remuneração ou vencimento dos títulos.

Gerdau (GGBR4) desiste de abrir nova fábrica de aços especiais no México
Fabricante brasileira pode ter descontinuado seus planos de expansão internacional devido ao tarifaço de Trump

Gerdau (GGBR4) foi bem no 1T25? Saiba se analistas recomendam investir
BTG Pactual considera que a fabricante de aço teve lucro operacional forte, mas que o fluxo de caixa não agradou

Gerdau (GGBR4) aprova incorporação da Gerdau Summit, além de aquisição de mais duas empresas
Fabricante de aço conclui compra indireta das companhias Rio do Sangue Energia S.A. e Paranatinga Energia S.A.

Lucro da Gerdau (GGBR4) cai 9% no 4T24 para R$ 666 milhões
Fabricante brasileira de aço encerrou 2024 com investimentos de 6,2 bilhões, com execução física em projetos de mineração

Gerdau (GGBR4) adquire 2 hidrelétricas para produzir aço com menor custo
A iniciativa da companhia brasileira é de também aumentar sua autoprodução de energia limpa; veja valores pagos

Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) lançam nova recompra de ações
Juntas, as companhias devem recomprar até 70,5 milhões de ações nos próximos 12 meses.