Estatais batem recorde e faturam R$ 1,3 tri em 2024; Petrobras (PETR4) freia lucro

Apesar disso, o lucro líquido caiu 41%, somando R$ 116,6 bilhões no período, puxada pela redução do resultado da Petrobras.

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Publicado em 22/08/2025 às 18:23h - Atualizado 2 minutos atrás Publicado em 22/08/2025 às 18:23h Atualizado 2 minutos atrás por Matheus Silva
Os ativos totais das estatais chegaram a R$ 6,7 trilhões, crescimento anual de 10,9% (Imagem: Shutterstock)
Os ativos totais das estatais chegaram a R$ 6,7 trilhões, crescimento anual de 10,9% (Imagem: Shutterstock)

🚨 As empresas estatais federais fecharam 2024 com números expressivos. De acordo com o Relatório Agregado das Empresas Estatais Federais, divulgado nesta sexta-feira (22) pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), o faturamento conjunto atingiu R$ 1,3 trilhão, o maior da série histórica. O valor representa alta de 4,9% em relação a 2023.

Os ativos totais das estatais chegaram a R$ 6,7 trilhões, crescimento anual de 10,9%.

Apesar disso, o lucro líquido consolidado caiu 41%, somando R$ 116,6 bilhões no período. A queda foi puxada, principalmente, pela redução do resultado da Petrobras (PETR4).

Segundo o governo, quando a petroleira é excluída da conta, o lucro das demais estatais avança 9,4%, alcançando R$ 79,6 bilhões em 2024.

Emprego e investimentos

As estatais federais empregam atualmente mais de 440 mil pessoas, representando 5,4% do PIB brasileiro. No ano passado, elas somaram R$ 96 bilhões em investimentos, reforçando seu papel estratégico em setores como infraestrutura, energia, habitação e crédito.

Além disso, a distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) alcançou R$ 152,5 bilhões. Desse total, R$ 72,1 bilhões (47%) foram direcionados ao governo federal e R$ 80,4 bilhões (53%) aos acionistas minoritários.

Para a ministra da Gestão, Esther Dweck, os resultados refletem o papel estratégico das estatais no desenvolvimento do país.

“As empresas públicas integram a nossa estratégia de desenvolvimento sustentável de longo prazo. No governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva continuaremos trabalhando para fortalecer e modernizar as estatais e seus mecanismos de governança”, destacou.

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Lucro, déficit e a “aparente contradição”

O relatório também analisou os resultados sob a ótica do Banco Central (BC), que avalia periodicamente 20 estatais não dependentes (excluindo Petrobras e empresas do setor financeiro).

Esse conjunto de companhias encerrou 2024 com lucro operacional de R$ 1,7 bilhão. Porém, 11 delas apresentaram déficit primário somado de R$ 6,7 bilhões.

Segundo o MGI, esse resultado não significa, necessariamente, prejuízo. Entre as 11 estatais com déficit, apenas Correios e Infraero registraram perdas operacionais.

As demais apresentaram superávit ou combinaram déficit primário com lucro operacional — geralmente por utilizarem recursos acumulados em exercícios anteriores para financiar investimentos.

“Essa aparente contradição de resultados reforça a importância de entender a diferença entre a metodologia que apura déficit e superávit (resultado primário) e a que calcula prejuízo e lucro (resultado operacional)”, explicou o MGI.

Retorno para os cofres públicos

Outro dado destacado pelo relatório mostra que, na prática, o Estado obteve mais retorno do que aportou.

Para cada R$ 1 investido no orçamento federal direcionado às estatais, R$ 2,51 retornaram aos cofres públicos por meio de dividendos e JCP.

💰 Esse desempenho, segundo o ministério, demonstra a robustez financeira das companhias e sua contribuição para a economia nacional.

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