Estado Islâmico assume autoria de atentato em Moscou, na Rússia

A afirmação foi feita através de uma declaração divulgada na plataforma Telegram pela agência de notícias associada ao grupo.

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Publicado em 22/03/2024 às 21:14h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 22/03/2024 às 21:14h Atualizado 1 mês atrás por Jennifer Neves
Foto - Reprodução internet
Foto - Reprodução internet

💣 O grupo terrorista Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo ataque ocorrido na últma sexta-feira (22) na casa de shows Crocus City Hall, no distrito de Krasnogorsk, próximo a Moscou, Rússia, que resultou em pelo menos 40 mortes e mais de 100 feridos.

A afirmação foi feita através de uma declaração divulgada na plataforma Telegram pela agência de notícias associada ao grupo, a Amaq. Segundo a nota, o ataque visava uma grande concentração de cristãos na cidade, causando destruição antes que os atacantes se retirassem para suas bases.

Vídeos do local do incidente na sala de concertos Crocus City Hall mostram o amplo complexo, que inclui a área de apresentações musicais e um centro comercial, envolto em chamas e coberto por nuvens de fumaça. Segundo relatos da agência estatal RIA Novosti, os agressores dispararam com armas automáticas e lançaram uma granada ou algum outro dispositivo que provocou o início do incêndio. Posteriormente, eles aparentemente fugiram em um veículo Renault branco, conforme relatado pela agência de notícias.

Apesar da reivindicação do Estado Islâmico, não foram apresentadas evidências que corroborem a responsabilidade do grupo pelo ataque. Este não é o primeiro incidente atribuído à organização, que já reivindicou a autoria de outros ataques, incluindo explosões na cidade de Kerman, no sul do Irã, em janeiro, que resultaram em dezenas de mortes e centenas de feridos.

Após o ataque, o ministério das Relações Exteriores da Ucrânia negou qualquer envolvimento do país, considerando as acusações como uma tentativa do Kremlin de provocar histeria anti-ucraniana.

Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram três homens armados atirando do lado de fora da sala de concerto, enquanto outras mostram pessoas se protegendo entre as poltronas. O local também foi afetado por um incêndio, cuja origem ainda não foi determinada.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia classificou o incidente como um "ataque terrorista sangrento", e o Serviço Federal de Segurança da Rússia iniciou uma investigação sobre o caso.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, foi informado sobre o ataque logo após sua ocorrência, de acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.