Empresa britânica anuncia maior descoberta de petróleo do século na Bacia de Santos

Nesta segunda-feira (4), a BP (B1PP34) anunciou sua maior descoberta de petróleo na Bacia de Santos, em São Paulo, nas últimas duas décadas e meia. Segundo comunicado divulgado pela companhia britânica, o achado está localizado em águas profundas, a cerca de 404 km da costa do Rio de

⛽️ O local foi arrematado pela empresa em dezembro de 2022, em um edital que ofertou uma área superior a 300 km². O contrato de concessão prevê o uso de 80% da produção para o ressarcimento de custos e o repasse de 5,9% como excedente em óleo para a União.

Para a descoberta, a empresa perfurou um poço em profundidade superior a 2,3 mil metros de lâmina d’água. “Estamos entusiasmados em anunciar essa descoberta significativa no Bumerangue, a maior da BP em 25 anos”, afirma a nota divulgada.

A BP detém 100% do bloco de exploração, enquanto a estatal Pré-Sal Petróleo é responsável pela gestão do contrato de partilha. O próximo passo é realizar análises científicas para avaliar o melhor método de extração do óleo.

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“A BP agora iniciará análises laboratoriais para caracterizar melhor o reservatório e os fluidos descobertos, o que fornecerá informações adicionais sobre o potencial do bloco Bumerangue. Outras atividades de avaliação estão planejadas, sujeitas à aprovação regulatória”, continua o documento.

Somente em 2025, a companhia britânica já identificou outros nove pontos com presença de petróleo e gás nos países onde atua. A projeção da empresa é atingir uma produção de até 2,5 milhões de barris por dia até 2030.

Ações disparam

Nos minutos iniciais do pregão desta segunda, depois que os investidores souberam da descoberta, as ações da companhia dispararam. Na bolsa de Nova Iorque (NYSE), onde estão listadas, houve uma valorização superior a 2%.

No fechamento desta reportagem, cada papel era negociado por cerca de US$ 32,20, com alta de 1,5% no pregão. O mesmo acontecia com o BDR da companhia, disponível na B3, que avançava para perto de R$ 44,50.

Desde o começo do ano, porém, os investidores não têm tanta sorte assim. Isso porque, segundo dados da bolsa de valores, há um recuo de 3,5% nos papéis.