Empresa brasileira entra com pedido de IPO na bolsa de Nova York

A companhia planeja listar suas ações na NYSE sob o ticker GRO.

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Publicado em 21/08/2024 às 11:39h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 21/08/2024 às 11:39h Atualizado 3 meses atrás por Elanny Vlaxio
A Brazil Potash é uma empresa responsável pelo maior projeto de exploração de potássio do Brasil (Shutterstock)
A Brazil Potash é uma empresa responsável pelo maior projeto de exploração de potássio do Brasil (Shutterstock)

Com sede em Toronto, no Canadá, a Brazil Potash, empresa especializada em fertilizantes, deu um importante passo para sua expansão ao apresentar um pedido à SEC para realizar uma IPO (oferta pública inicial de ações). A companhia planeja listar suas ações na NYSE sob o ticker GRO, porém, informações como a quantidade de ações a serem ofertadas e a faixa de preço inicial ainda não foram divulgadas. 

📊 A Brazil Potash é uma empresa responsável pelo maior projeto de exploração de potássio do Brasil, localizado em Autazes (AM). A companhia, que em abril deste ano obteve a primeira licença ambiental para a instalação da infraestrutura da mina, localizada a 113 quilômetros de Manaus, informou ter registrado prejuízo de US$ 8,3 milhões no último ano fiscal, uma melhora em relação aos US$ 28,7 milhões do ano anterior.

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A empresa informou ainda que os recursos captados por meio da oferta pública inicial serão destinados principalmente para cobrir as despesas com o desenvolvimento do projeto, que se encontra na fase final antes de iniciar a produção. Além disso, os recursos também serão utilizados para fortalecer a posição de caixa da empresa e atender outras necessidades corporativas. 

Licenças para mina no Amazonas

📋 A informação chega um dia após a companhia informar que obteve todas as licenças necessárias para iniciar a construção do Projeto Potássio Autazes, avaliado em R$ 13 bilhões. O projeto da mina de potássio em Autazes, que inclui dois poços, uma planta de processamento, um porto e uma estrada, foi autorizado pelo IPAAM (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas).

O órgão ambiental emitiu as licenças necessárias para a instalação da mina e para a captura e transporte da fauna local, no entanto, ainda segue alvo de críticas por explorar uma área ocupada pelo povo Mura da aldeia Soares. A disputa se transformou em um conflito de grandes proporções, com a participação de grupos políticos e produtores rurais, que contam com o apoio da bancada ruralista no Congresso.