Em recuperação extrajudicial, Sequoia (SEQL3) terá novo CEO

O fundador da empresa vai passar o cargo de presidente para ex-Ambev e Unidas.

Publicado em 29/10/2024 às 13:43h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 29/10/2024 às 13:43h Atualizado 2 meses atrás por Marina Barbosa

Troca está prevista para 1º de fevereiro de 2025 (Imagem: Shutterstock)

As ações da Sequoia (SEQL3) operam em forte alta nesta terça-feira (29), com o mercado reagindo bem à notícia de que a empresa, que está em recuperação extrajudicial, vai ganhar um novo presidente.

🧑‍💼 Fundador e presidente da Sequoia há 13 anos, Armando Marchesan Neto decidiu deixar o cargo no próximo ano. Por isso, a companhia anunciou o início de um "processo estruturado de transição do cargo de Diretor Presidente".

O escolhido para substituir Armando Marchesan Neto no comando da Sequoia foi o executivo Alexandre Rodrigues, que tem passagens por companhias como Ambev (ABEV) e Unidas. Ele assumiu nesta terça-feira (29) a posição de CEO interino e deve tomar posse como diretor presidente em 1º de fevereiro de 2025.

De acordo com a Sequoia, Alexandre Rodrigues "traz consigo uma vasta experiência executiva em operações Industriais, Logística e Serviços, construída ao longo de 25 anos em cargos de liderança na Ambev, Votorantim e, mais recentemente, como COO na Ouro Verde/Unidas".

A partir da posse do novo CEO, o fundador da Sequoia passará a ocupar um assento no Conselho de Administração da empresa.

"O Sr. Armando permanecerá nos Comitês e em instâncias estratégicas do Conselho da Companhia, além de liderar o Comitê de S&OP (“Sales and Operations”) de maneira a manter a disposição, e para benefício da Sequoia, seu profundo conhecimento do setor", ressaltou a companhia.

Recuperação extrajudicial

💲 A troca de comando foi anunciada semanas depois de a empresa ser citada alvo de pedidos de falência e acabar pedindo recuperação extrajudicial para renegociar R$ 295 milhões em dívidas, relativas a contratos com fornecedores, prestadores de serviços, locadores de armazéns e outros credores.

O pedido foi aprovado pela justiça em 21 de outubro, o que levou à suspensão das ações, execuções e pedidos de falência por parte dos credores abrangidos pelo plano de recuperação extrajudicial, inclusive pedidos de falência que estavam em andamento.

A Sequoia é uma das maiores empresas privadas de logística e entregas do país. A companhia fez uma fusão com a Move3 no início deste ano e, a partir daí, passou a atender de forma combinada os 20 maiores players do e-commerce e os principais bancos do país.

Diante desses impasses, as ações da Sequoia registram uma queda superior a 40% no acumulado deste ano de 2024. Nesta terça-feira (29), no entanto, o papel chegou a subir mais de 20% após o anúncio da troca de comando. Às 13h30, subia 15,47% e era cotado a R$ 4,33.