Dólar dispara e volta a R$ 5,90: entenda os fatores por trás da alta
No início do pregão, o dólar comercial registrava alta de 0,75%, sendo cotado a R$ 5,909 para compra e R$ 5,910 para venda.
🚨 O dólar voltou a operar acima dos R$ 5,90 nesta quinta-feira (30), refletindo uma combinação de fatores internos e externos que estão influenciando a moeda norte-americana.
Mesmo com a manutenção da taxa Selic em patamar elevado, o mercado segue apreensivo diante das sinalizações do Comitê de Política Monetária (Copom) e das movimentações do Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos.
No início do pregão, o dólar comercial registrava alta de 0,75%, sendo cotado a R$ 5,909 para compra e R$ 5,910 para venda. O dólar turismo, utilizado para aquisição de moeda física, operava em R$ 5,962 na compra e R$ 6,142 na venda.
Decisão do Copom e impactos no mercado
Na reunião de quarta-feira (29), o Copom decidiu manter sua política de aperto monetário, elevando a taxa básica de juros para 13,25% ao ano.
O comunicado do Banco Central, no entanto, deixou em aberto os passos futuros, sem sinalização clara sobre até onde a Selic pode ir.
Esse tom cauteloso gerou incerteza no mercado, levando alguns analistas a projetarem que a Selic final pode ser mais baixa do que o esperado.
"O comunicado do Copom foi firme, mas não deu garantia de que a nova gestão do Banco Central será tão agressiva quanto a anterior. Isso gerou dúvidas sobre o compromisso de convergência da inflação", afirmou Eduardo Moutinho, analista do Ebury Bank.
➡️ Leia mais: Telefônica Brasil (VIVT3) propõe grupamento e desdobramento de ações
Influência do Federal Reserve
A postura do Fed também tem impactado a valorização do dólar. Na última decisão, o banco central dos EUA manteve os juros inalterados, reforçando a ideia de que não há pressa em flexibilizar sua política monetária.
Segundo o chair Jerome Powell, "a política de juros está bem-posicionada para os desafios atuais".
Isso significa que os juros elevados nos EUA continuarão atraindo investimentos estrangeiros, fortalecendo o dólar globalmente.
A possibilidade de Donald Trump retomar o governo também gera preocupação, uma vez que suas promessas econômicas são vistas como inflacionárias, o que poderia prolongar a política de juros altos.
Reflexos no Brasil
A valorização do dólar tem impacto direto sobre a inflação brasileira, uma vez que encarece produtos importados, combustíveis e insumos industriais.
Além disso, a incerteza fiscal no Brasil segue como um fator de pressão sobre a moeda.
"O Fed manteve os juros altos por mais tempo do que o esperado, o que aumenta o diferencial de taxas entre Brasil e EUA, tornando o mercado norte-americano mais atrativo para investidores estrangeiros", explicou Matheus Massote, especialista em câmbio da One Investimentos.
➡️ Leia mais: Brava Energia (BRAV3) recebe aval em definitivo para operar no campo Papa-Terra
Cenário volátil pela frente
O mercado cambial deve continuar instável nos próximos dias, uma vez que investidores estão atentos a novos dados econômicos e ao posicionamento das autoridades monetárias no Brasil e nos EUA.
A sessão desta quinta-feira, por exemplo, promete ser marcada por alta volatilidade, com operações sendo influenciadas pelo fluxo global de investimentos e pela expectativa em torno da próxima decisão do Copom.
📊 Com tantas variáveis em jogo, a oscilação do dólar seguirá sendo um ponto de atenção para investidores e empresas que dependem do câmbio para suas operações.
21 ações que pagarão mais dividendos em 2025, segundo BTG Pactual
Veja a lista de companhias brasileiras que podem garantir uma boa renda passiva
Barsi da Faria Lima faz o alerta: Selic em 2025 subirá a 'patamares esquecidos'
Fundo Verde, liderado por Luis Stuhlberger, já acumula valorização superior a 26.000% desde 1997 e revela estratégia de investimentos para este ano
WEG (WEGE3) pode bater ROIC de 38% em 2025; saiba se analistas investem
Indicadores fundamentalistas favoráveis e cenário de dólar acima dos R$ 6 dão indícios para a ação que já disparou +45% em 20224
Renda fixa isenta de IR: FS Bio recompra CRAs pagando IPCA+ 11% ao ano
Crise no crédito de empresas do agronegócio faz taxas dispararem e preços dos títulos caírem na marcação a mercado
Renda fixa isenta de IR está entre as captações favoritas das empresas em 2024
Emissão de debêntures e mercado secundário de renda fixa batem recordes entre janeiro e setembro, diz Anbima
Agora é a renda fixa que fará B3 (B3SA3) pagar mais dividendos
Genial Investimentos aponta avenidas de crescimento e preço-alvo da dona da bolsa de valores brasileira
Selic a 10,75%: Quanto rende o seu dinheiro em LCA e LCI
Saiba como está a rentabilidade da renda fixa bancária isenta de imposto de renda
3 REITs de data center que podem subir com o plano de Trump, segundo Wall Street
Presidente eleito dos Estados Unidos anuncia US$ 20 bilhões em investimentos para construir novos data centers no país