Dólar cai para R$ 5,86, menor valor em dois meses

O dólar voltou a fechar abaixo dos R$ 5,90, depois de dois meses rodando acima desse patamar. O Ibovespa, no entanto, também recuou.

💵 A moeda recuou 0,74% nesta terça-feira (28), na sétima queda consecutiva ante o real. Com isso, acabou o pregão negociada por R$ 5,869, o menor valor de fechamento desde 26 de novembro do ano passado.

O real se fortaleceu perante o dólar mesmo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reforçando a promessa de impor tarifas comerciais a outros países, como o Brasil.

O mercado está na expectativa de que a Selic suba novamente nesta quarta-feira (28), desta vez para 13,25%. E a alta dos juros pode reduzir a pressão sobre o câmbio. Afinal, tende a elevar o retorno dos títulos brasileiros e, por isso, pode favorecer a entrada de capital estrangeiro no país.

Além disso, os investidores reagiram aos dados da arrecadação de 2024. Segundo a Receita Federal, o governo federal arrecadou um total de R$ 2,65 trilhões em impostos em 2024. O valor é recorde e deve contribuir com o resultado das contas públicas, reduzindo a percepção de risco fiscal.

Bolsas

📉 O Ibovespa, no entanto, também fechou em queda, pressionado sobretudo pelas ações da Vale (VALE3).

O principal índice da B3 caiu 0,65%, mas conseguiu sustentar os 124 mil pontos. Fechou aos 124.055 pontos.

Já nos Estados Unidos, as bolsas tentaram se recuperar do tombo sofrido na véspera, diante do avanço da chinesa DeepSeek no mercado de IA (Inteligência Artificial).

Veja o fechamento das bolsas americanas:

• Dow Jones: 0,31%;
• S&P 500: 0,92%;
• Nasdaq: 2,03%.

Baixas

A Vale afundou 2,43%, diante de previsões pessimistas do Citi Bank para o minério de ferro. Para o banco, a demanda chinesa pela commodity deve cair, afetando as vendas da Vale.

A previsão também derrubou outras mineradoras e siderúrgicas da B3, a exemplo da Usiminas (USIM5), que recuou 1,48%.

No caso da Vale, no entanto, também havia a expectativa pelo relatório de produção e vendas do quarto trimestre de 2024, previsto para depois do fechamento.

Já a Petrobras (PETR4) fechou com uma leve queda de 0,13%, mesmo diante do iminente reajuste dos preços do diesel.

A presidente da estatal, Magda Chambriard, já teria avisado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) do reajuste e o Santander BBI calcula que o aumento pode girar em torno de 4%.

Veja outras baixas do dia:

• Cogna (COGN3): -5,00%.
• CVC (CVCB3): -4,84%;
• Vibra Energia (VBBR3): -4,08%.

Altas

A Weg (WEGE3), por sua vez, fechou com alta de 1,46%, com analistas avaliando que o tombo registrado na véspera, diante do avanço da DeepSeek, foi exagerado e criou uma oportunidade de compra das ações.

O IRB (IRBR3) também se destacou, com um avanço de 3,77%. Veja outras altas do dia:

• C&A (CEAB3): 2,04%;
• Engie (EGIE3): 1,72%;
• Rumo (RAIL3): 1,15%.