Dividendos crescem 40% no 1º semestre: Veja maiores pagadoras
Companhias listadas na B3 distribuíram quase R$ 165 bilhões aos seus acionistas nos seis primeiros meses de 2024.

As empresas listadas na bolsa brasileira ampliaram a distribuição de dividendos no primeiro semestre de 2024. Os pagamentos chegaram a quase R$ 165 bilhões, um volume 40% superior ao do mesmo período de 2023, segundo a plataforma Meu Dividendo.
💰 De acordo com o levantamento, companhias brasileiras distribuíram cerca de R$ 90 bilhões em dividendos, R$ 60 bilhões em JCP (Juros sobre o Capital Próprio) e mais R$ 15 bilhões em outros proventos, como bonificações e restituições, a seus acionistas nos seis primeiros meses deste ano.
O volume total, de quase R$ 165 bilhões, foi o maior dos últimos cinco anos. Veja quanto os acionistas da bolsa brasileira receberam a título de remuneração a cada primeiro semestre:
- 2020: R$ 59,92 bilhões;
- 2021: R$ 105,95 bilhões;
- 2022: R$ 125,16 bilhões;
- 2023: R$ 117,92 bilhões;
- 2024: R$ 164,98 bilhões.
De acordo com o CEO da Meu Dividendo, Wendell Finotti, o resultado sugere que um recorde na distribuição de dividendos pode ser alcançado neste ano. É que geralmente a maior parte dos proventos anuais, cerca de 54%, vem apenas no segundo semestre.
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Petrobras lidera pagamentos
A Petrobras (PETR4) foi fundamental para o aumento na distribuição de proventos no primeiro semestre. Afinal, depois de muito embate entre o governo e o mercado, a estatal aceitou pagar 50% dos dividendos extraordinários de 2023 em abril.
💲 Com isso, a Petrobras pagou um total de R$ 55,65 bilhões em proventos no primeiro semestre. Isto é, praticamente 1/3 de todos os dividendos distribuídos no período.
A Petrobras voltou, então, a liderar o ranking de maiores pagadoras de dividendos da bolsa brasileira. A posição havia sido tomada pelo Itaú (ITUB4), que também pagou dividendos extraordinários no início do ano.
Veja as maiores pagadoras de dividendos da B3 no 1º semestre:
- Petrobras (PETR4): R$ 55,65 bilhões;
- Itaú (ITUB4): R$ 22,20 bilhões;
- Vale (VALE3): R$ 12,43 bilhões;
- Banco do Brasil (BBAS3): R$ 7,40 bilhões;
- Bradesco (BBDC4): R$ 7,24 bilhões;
- Itaúsa (ITSA4): R$ 6,71 bilhões;
- Santander Brasil (SANB11): R$ 4,52 bilhões;
- Telefônica (VIVT3): R$ 3,10 bilhões;
- Cemig (CMIG4): R$ 2,89 bilhões;
- BB Seguridade (BBSE3): R$ 2,52 bilhões.
Comgás teve maior valor por ação
O maior valor por ação, no entanto, foi pago pela Comgás (CGAS5). Afinal, a companhia anunciou, em março, o pagamento de dividendos de mais de R$ 12 por ação preferencial e de R$ 10 por ação ordinária.
O segundo lugar nesta base de comparação foi da Petrobras, cujos proventos somaram um valor de R$ 4,27 por ação ordinária e preferencial.
Veja os maiores valores por ação do 1º semestre:
- Comgás (CGAS5): R$ 12,08;
- Comgás (CGAS3): R$ 10,93;
- Petrobras (PETR4, PETR3): R$ 4,27;
- Banco do Nordeste (BNBR3): R$ 3,16;
- Vale (VALE3): R$ 2,74;
- Grazziotin (CGRA4): R$ 2,70;
- Embpar Participações (EPAR3): R$ 2,62;
- Méliuz (CASH3): R$ 2,41;
- Itaú (ITUB4, ITUB3): R$ 2,26.
A Méliuz aparece no ranking, mas não pela distribuição de lucros. É que a companhia aprovou em janeiro uma redução de capital de R$ 210 milhões, mediante a restituição dos acionistas, no valor de R$ 2,41 por ação. E a companhia pretende realizar outra operação desse tipo nos próximos meses, só que no valor total de R$ 220 milhões.

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