De olho no Brasil, Moody’s diz que “alta do PIB não é suficiente para melhora fiscal”

Segundo Maziad, é essencial que o governo também adote medidas no lado das despesas.

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Publicado em 07/08/2024 às 17:20h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 07/08/2024 às 17:20h Atualizado 3 meses atrás por Matheus Rodrigues
Imagem: Shutterstock.
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📊 A vice-presidente e analista sênior da agência de classificação de risco Moody’s, Samar Maziad, destacou nesta quarta-feira (7) que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, projetado para 2% a 2,5%, não será suficiente para promover a consolidação fiscal do país.

Segundo Maziad, é essencial que o governo também adote medidas no lado das despesas.

Principais Pontos da Avaliação

  • Crescimento do PIB: Projeção de 2% a 2,5% de alta do PIB facilita, mas não é suficiente para a consolidação fiscal.
  • Medidas Fiscais: Necessidade de ajustes no lado dos gastos para melhorar a performance fiscal.
  • Perspectivas para 2025: Expectativa de mais medidas fiscais necessárias para manter a consolidação.
  • Rating de Crédito: Moody’s manteve o rating do Brasil em Ba2, mas alterou a perspectiva de "estável" para "positiva".
  • Anúncios Futuros: Possíveis mudanças no rating podem ser anunciadas após 12 meses.
  • Impactos da Volatilidade Global: Maziad minimizou impactos da volatilidade global no rating soberano do Brasil.
  • Banco Central do Brasil: Mudança de comando esperada em 2025, mas a agência acredita na continuidade da meta de inflação.

Em maio deste ano, a Moody’s anunciou a manutenção do rating de crédito do Brasil em Ba2, com a perspectiva alterada de “estável” para “positiva”.

Isso mantém o país na categoria de grau especulativo, indicando um risco maior para os investidores.

Ajustes Fiscais Necessários

🗣️ Maziad enfatizou a necessidade de uma "melhoria na performance fiscal" do Brasil, que inclui o atingimento das metas fiscais e uma melhor composição dos gastos.

Ela também comentou sobre o impacto das condições globais e a transição no comando do Banco Central do Brasil, que deve ocorrer em 2025, após a saída de Roberto Campos Neto.

A Moody’s acredita que o Banco Central continuará perseguindo suas metas de inflação, apesar da mudança de liderança.

As declarações de Maziad refletem uma visão cautelosa e a necessidade de ações concretas por parte do governo brasileiro para assegurar uma consolidação fiscal efetiva.

O mercado financeiro deve acompanhar de perto as próximas medidas e anúncios que podem influenciar a avaliação do rating do país.