Copel (CPLE6) aprova migração para o Novo Mercado e propõe reestruturação

A medida marca um novo capítulo na transformação da companhia, que segue em seu processo de privatização iniciado em 2023.

Publicado em 23/06/2025 às 20:39h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 23/06/2025 às 20:39h Atualizado 1 mês atrás por Matheus Silva

A migração será viabilizada por meio de uma série de ajustes estruturais (Imagem: Divulgação / Copel)

🚨 O Conselho de Administração da Copel (CPLE3) aprovou nesta segunda-feira (23), o início do processo de migração da companhia para o Novo Mercado da B3 (B3SA3), segmento de mais alto padrão de governança corporativa da bolsa brasileira.

A medida marca um novo capítulo na transformação da companhia paranaense, que segue em seu processo de privatização iniciado em 2023.

De acordo com fato relevante divulgado pela empresa, a migração será viabilizada por meio de uma série de ajustes estruturais.

O principal deles é a criação de uma nova classe de ações preferenciais resgatáveis, chamadas de PNC, que serão utilizadas como instrumento de transição na reestruturação do capital.

A proposta envolve:

Conversão obrigatória de todas as ações preferenciais classe A e B em ações ordinárias e PNCs, na proporção de 1 ON + 1 PNC para cada ação preferencial atual.
Resgate compulsório das novas ações PNC logo após a conversão, pelo valor fixado de R$ 0,7749 por papel.
Reorganização do capital social, que passará a ser composto exclusivamente por ações ordinárias, além da manutenção de uma "golden share" (ação preferencial com poder de veto) em posse do Estado do Paraná.

Essa reformulação tem como objetivo alinhar a estrutura de capital da Copel às exigências do Novo Mercado, que não permite a existência de ações preferenciais e exige direitos iguais a todos os acionistas.

Assembleia deliberativa marcada para agosto

Para viabilizar a migração e aprovar os ajustes propostos, a Copel convocou uma Assembleia Geral Extraordinária para o dia 4 de agosto.

Nela, os acionistas deverão votar os termos da reestruturação e da adesão ao Novo Mercado.

O movimento ocorre em um momento em que a companhia busca atrair novos investidores institucionais e reforçar sua imagem junto ao mercado, ampliando sua base acionária e aumentando a liquidez dos papéis.

📊 A iniciativa segue a tendência de outras empresas estatais ou ex-estatais que, ao longo dos últimos anos, adotaram o Novo Mercado como parte de seus processos de privatização ou profissionalização da gestão.