Conflitos no Oriente Médio aceleram preço do petróleo em 1%

Potencial disputa entre Irã e Israel pode diminuir oferta de óleo nos próximos meses

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Publicado em 10/04/2024 às 20:26h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 10/04/2024 às 20:26h Atualizado 3 meses atrás por Wesley Santana

⚔️ Além da guerra entre Israel e Hamas, o Oriente Médio pode ser palco de outro conflito nos próximos dias.

Segundo informações da agência Bloomberg, os Estados Unidos acreditam que um ataque do Irã a Israel é iminente. Esse fato fez a cotação do petróleo saltar durante o dia, conduzindo 1% de alta nos contratos futuros do óleo.

O movimento acontece porque o Irã é um dos maiores produtores de petróleo do mundo e, por isso, sua eventual entrada na guerra pode diminuir a oferta.

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Para junho, o índice Brent aponta 1,18% de alta para o barril, com uma cotação próxima de US$ 90,50. Já o WTI indica avanço de 1,16% para U$ 85,44.

No começo desta semana, ambos os índices registravam queda, considerando que as tensões na região estavam mais brandas. Na segunda (8), o Brent sugeria queda de 0,86% em US$ 90,38, enquanto o WTI desacelerava 0,66% a US$ 85,53.

Israel em alerta

💣 Na manhã desta quarta, o governo israelense anunciou o bloqueio dos sinais de GPS em várias cidades do país, inclusive Tel Aviv e Jerusalém. A decisão, que mexeu com a vida local, é uma estratégia para que mísseis e drones disparados pelo Irã atinja o país.

O posicionamento do Irã vem como uma resposta ao ataque aéreo feito por Israel ao consulado de Damasco, na Síria. O ministro das Relações Exteriores, aiatolá Ali Khamenei, classificou a ação como irregular e criticou o Ocidente -na figura dos Estados Unidos e Reino Unido- por apoiarem Israel.

“Quando atacaram nossa área do consulado, foi como se tivessem atacado nosso território”, disse o chanceler. “O regime maligno deve ser punido e será punido”, completou, em transmissão na TV aberta.

No mês passado, um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) destacou com o Irã tem material suficiente para fabricar várias bombas atômicas. As reservas do país seriam equivalentes a 5,5 toneladas, número que é 27 vezes maior do que o limite autorizado por acordos internacionais.