Com Lula, Petrobras (PETR4) anuncia contratação de 8 navios gaseiros

Navios devem ampliar a capacidade de transporte de gás e derivados da Transpetro.

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Publicado em 17/02/2025 às 17:02h - Atualizado 4 dias atrás Publicado em 17/02/2025 às 17:02h Atualizado 4 dias atrás por Marina Barbosa
Licitação foi lançada em evento que reuniu representantes do governo e da Petrobras em Angra dos Reis (Imagem: Ricardo Stuckert/Planalto)
Licitação foi lançada em evento que reuniu representantes do governo e da Petrobras em Angra dos Reis (Imagem: Ricardo Stuckert/Planalto)

A Petrobras (PETR4) lançou nesta segunda-feira (17) um processo licitatório internacional para a aquisição de oito navios gaseiros. Com isso, pretende ampliar a sua capacidade de transporte de gás e também incentivar a indústria nacional.

🚢 Os navios fazem parte do Programa de Renovação e Ampliação da Frota do Sistema Petrobras, que já concluiu em janeiro a contratação de outros quatro navios da classe handy. E serão contratados por meio da Transpetro, a subsidiária de logística da estatal.

De acordo com o governo federal, o investimento "leva em conta o aumento de produção de gás natural no país e pretende atender a demanda na costa brasileira e na navegação fluvial" e vai triplicar a capacidade de transporte de GLP e derivados da Transpetro, além de permitir o início do transporte de amônia pela companhia.

"Com essa contratação, vamos aumentar de seis para 14 o número de navios da frota de gaseiros, ampliando a capacidade de transporte de 36 mil para até 108 mil metros cúbicos", contou o presidente da Transpetro, Sérgio Bacci.

Além disso, o Executivo informou que "os futuros gaseiros serão até 20% mais eficientes em termos de consumo, propiciarão redução de 30% nas emissões de gases do efeito estufa e estarão aptos para atuar em portos eletrificados"

Licitação

🧾 Os navios serão contratados por meio de dois lotes, que não podem ser vencidos pelo mesmo estaleiro ou consórcio.

Um dos lotes mira a contratação de cinco navios gaseiros do tipo pressurizado, destinados ao transporte de GLP e derivados, sendo três embarcações de 7 mil metros cúbicos e duas de 14 mil metros cúbicos de capacidade.

Já o outro lote prevê a contratação de três navios do tipo semirefrigerado, com capacidade de 10 mil metros cúbicos, que poderão carregar também amônia.

A Transpetro receberá propostas das empresas interessadas nos próximos 90 dias. Os estaleiros contratados neste processo devem entregar o primeiro navio em até 30 meses após a formalização do contrato e mais um navio a cada seis meses depois disso.

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Mais embarcações a caminho

A licitação foi lançada em um evento que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Angra dos Reis (RJ), nesta segunda-feira (17). A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse, por sua vez, que este é só o início desse processo de renovação da frota da estatal.

Segundo ela, a Petrobras pretende contratar mais 44 embarcações até 2026 e "muito mais" até 2029, entre barcos de apoio e navios gaseiro. A estatal ainda deve adquirir três novas plataformas de petróleo nos próximos anos.

💲 A expectativa é de que esses investimentos bilionários estimulem a indústria naval brasileira e a geração de empregos no país, um pedido do presidente Lula.

"Fornecedores brasileiros, estejam preparados, seja para fazer navios para exploração e produção de petróleo e gás, seja para fazer refinarias e ampliação da capacidade de refino, porque nós vamos pisar no acelerador", afirmou Magda.

Segundo ela, a estatal tem "absoluta clareza da necessidade de geração de riqueza para nossos acionistas governamentais e privados e da necessidade de geração de riqueza para a sociedade".

Plataformas

A Petrobras também anunciou nesta segunda-feira (17) protocolos de intenções para a realização de estudos sobre o reaproveitamento de plataformas de produção de petróleo e gás.

A estatal deve desmobilizar 10 plataformas até 2029. Por isso, busca formas de reaproveitar esse material para reduzir custos logísticos, fortalecer a base de fornecedores e promover melhores práticas de sustentabilidade.

"Não queremos jogar navio fora. Queremos reaproveitar esses navios e que o reaproveitamento aconteça nos estaleiros nacionais", disse Magda Chambriard.

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