China critica tarifas de Trump ao Brasil e acusa EUA de coerção
Trump irá impor uma tarifa de 50% sobre importações do Brasil, com início em 1º de agosto.

🗣️ Nesta sexta-feira (11), o Ministério das Relações Exteriores da China manifestou críticas à tarifa de importação aplicada ao Brasil, conforme anunciado nesta semana pelo presidente norte-americano, Donald Trump (Partido Republicano).
"A igualdade de soberania e a não-intervenção em assuntos domésticos são princípios importantes da Carta da ONU e normas básicas nas relações internacionais", disse a porta-voz do ministério, Mao Ning. "Tarifas não deveriam ser uma ferramenta de coerção, intimidação ou interferência", acrescentou.
A resposta veio após Mao Ning ser indagada a respeito das taxas anunciadas pelo republicano contra os produtos brasileiros. Trump declarou, na quarta-feira (9), que irá impor uma tarifa de 50% sobre importações do Brasil, com início em 1º de agosto.
💬 Em carta com a medida enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Trump cita Jair Bolsonaro (PL) e descreve o julgamento do ex-presidente no STF (Supremo Tribunal Federal) como “uma vergonha internacional”. Ele disse ainda que a medida foi tomada "devido aos ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e à violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos".
Leia também: Itamaraty convoca diplomata dos EUA após nota sobre Bolsonaro
Em resposta ao anúncio, o presidente Lula afirmou que o Brasil recorrerá à Lei da Reciprocidade Econômica (nº 15.122/2025). “Qualquer medida de elevação de tarifas de forma unilateral será respondida à luz da Lei brasileira de Reciprocidade Econômica”, disse Lula em nota publicada em sua página no X.
Aprovada pelo Congresso em abril, a lei surgiu como resposta ao Dia da Libertação, em 2 de abril, quando Trump anunciou tarifas unilaterais a diferentes países. O Brasil foi então taxado em 10%. Lula ainda destacou que o Brasil possui instituições independentes e reafirmou que não aceitará ser "tutelado por ninguém".
💭 Lembrando que, no início do ano, a China protagonizou uma disputa tarifária com os Estados Unidos. Em abril, ao anunciar tarifas a produtos de vários países, Trump impôs uma das maiores taxas, de 34%, sobre mercadorias chinesas. Enquanto a maioria dos governos optou por negociar com os EUA, a China retaliou, aumentando os impostos sobre os EUA.
Depois de o governo chinês lançar adotar sua última medida, em maio, os EUA propôs negociações. O diálogo resultou em um acordo entre os dois países, com as tarifas sendo reduzidas para 30% sobre produtos chineses nos EUA e 10% sobre produtos dos EUA na China.

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