Café do Starbucks está cada vez mais amargo ao redor do mundo
Inflação, boicotes e discussões sobre sucessão tem provocado recuos nos lucros
☕ Uma das maiores cafeterias do mundo, a rede Starbucks (SBUB34) está passando por problemas em vários países. Enquanto no Brasil se discute a sucessão da marca, nos Estados Unidos o que tem tornado as doses de café mais amargas tem sido a inflação.
Desde que a empresa fez seu último aumento, em Nova Iorque, um copo de café da marca famosa pode custar até US$ 6 (equivalente a R$ 32). Esse tem sido o estopim até para os consumidores fiéis da marca, conforme destacou a BBC News.
"Foi a gota d'água para a minha sensação de inflação em geral. É como se fosse 'É isso. Não aguento mais'", disse Andrew Buckley, que frequenta a rede há anos. “Eu simplesmente perdi o controle. Não pretendo voltar”, completou, em entrevista à rede britânica.
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Nos Estados Unidos, país que tem o maior ativo da cafeteria, as vendas vêm caindo ao longo dos anos, tendo sido registrado um recuo de 3% em 2023. A baixa também foi reportada entre os membros do clube fidelidade, conforme relatório divulgado pela companhia.
Por isso, o presidente executivo da Starbucks, Laxman Nrasimhan, chegou a dizer que as vendas estão decepcionantes. Para tentar frear o desastre, a empresa quer incluir novos itens no cardápio, oferecer atendimentos mais rápidos e fazer promoções agressivas.
No entanto, além da inflação, a empresa tem que lidar com outras questões que variam entre os países. Nos EUA, um dos problemas tem sido brigas sindicais e boicotes em razão de posicionamento que foram classificados como pró-Israel na guerra.
O movimento é tão forte que, no mês passado, o youtuber comediante Danny Gonzalez teve que se desculpar com seu público depois de exibir uma caneca do Starbucks em seu vídeo. A repercussão sobre o assunto deixou boquiaberto até os analistas do Bank Of America, que não acreditavam que o boicote causaria grande impacto nas receitas das marcas.
A rede Starbucks hoje está avaliada em US$ 89,6 bilhões, tendo suas ações negociados por cerca de US$ 79 (equivalente a R$ 425) em Nasdaq. No Brasil, o ativo também é negociado por meio de BDR, com valor médio de R$ 428, segundo dados da B3.
Situação no Brasil
Para além de todos os aspectos que rondam a cadeia de cafés em outros países, no Brasil há um ingrediente a mais, que é a troca de operador. A SouthRock que operava a rede de cafeterias no país perdeu a licença depois de pedir recuperação judicial e reportar dívidas que passam de R$ 1,8 bilhão.
Desde o começo do ano, a matriz estadunidense estava buscando um novo controlador para a rede no país e decidiu fechar com a ZAMP (controladora do Burger King e Popeyes no Brasil).
Por R$ 120 milhões, a nova dona do Starbucks por aqui deve tocar todas as 187 unidades em todo o país. A empresa tem ainda o desafio de contornar ordens de despejo, processos trabalhistas e colocar as despesas em dia.
SBUB34
StarbucksR$ 609,98
27,77 %
10,40 %
1,33 %
30,89
-15,61
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