BTG (BPAC11) diz que zerou exposição ao Master antes da liquidação

O BTG chegou a aplicar 1% dos seus recursos em ativos do Master, mas zerou posição em abril.

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Publicado em 21/11/2025 às 20:27h - Atualizado 7 horas atrás Publicado em 21/11/2025 às 20:27h Atualizado 7 horas atrás por Marina Barbosa
BTG chegou a comprar ativos do dono do Master em maio (Imagem: Shutterstock)
BTG chegou a comprar ativos do dono do Master em maio (Imagem: Shutterstock)

Diante das dúvidas sobre o efeito da liquidação do Banco Master, o BTG Pactual (BPAC11) foi a público nesta sexta-feira (21) esclarecer a sua exposição à instituição.

🏦 Em comunicado ao mercado, o BTG disse que chegou a aplicar aproximadamente 1% dos seus recursos em operações compromissadas do Master. Contudo, disse que esta era uma "exposição baixa" e que já foi zerada.

A exposição atingiu um pico em fevereiro deste ano, quando chegou a 1,19%. Porém, caiu a zero dois meses depois, segundo o BTG. "Não existe qualquer posição vigente relacionada ao Grupo Master", garantiu.

O BTG reconheceu, por sua vez, que pode ter sido contratado pelo Master para a "realização de operações financeiras corriqueiras com o Grupo Master como a prestação de serviços de banco de investimento ou quaisquer outras operações financeiras necessárias à condução de suas atividades até agora".

O BTG é apontado como um dos principais distribuidores dos CDBs (Certificados de Depósito Bancário) do Master. Além disso, chegou a comprar R$ 1,5 bilhão em ativos do fundador da instituição, Daniel Vorcaro.

Vorcaro foi preso na segunda-feira (17), na operação da PF (Polícia Federal) que tentou combater a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras. Um dia depois, o Master teve a sua liquidação decretada pelo BC (Banco Central).

Ao menos 4 empresas são afetadas

💲 Com a liquidação do Master, o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) deve ressarcir os credores do banco, como aqueles investidores que compraram os CDBs da instituição. 

O FGC, no entanto, só garante o pagamento de até R$ 250 mil por correntista, limitado a R$ 1 milhão em um período de quatro anos. Por isso, quem aplicou mais do que isso no Master vai acabar no prejuízo.

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Perdas são esperadas para grandes investidores, mas também para alguns fundos de pensão e até empresas listadas em bolsa.

A Oncoclínicas (ONCO3), por exemplo, revelou ter investido aproximadamente R$ 433 milhões em CDBs do Master.

Diante do rebaixamento do rating do Master, a companhia já havia provisionado R$ 217 milhões desse valor entre setembro e outubro. Por isso, mantinha uma exposição de R$ 216 milhões no dia da liquidação.

A Emae (EMAE3), Empresa Metropolitana de Águas e Energia de São Paulo, mantinha 5,8% dos seus ativos em CDBs do Letsbank, uma das subsidiárias do Master.

As companhias dizem que tomarão as "medidas cabíveis" ao caso. A Emae ainda garantiu que "mantém posição de caixa suficiente para fazer frente às suas obrigações e ao curso normal de seus negócios".

Já o Banco da Amazônia (BAZA3) investiu R$ 39 milhões em Letras Financeiras do Master, que não são cobertas pelo FGC, em 2024.

O banco ressaltou, contudo, que a exposição ao Master corresponde a menos de 0,19% do seu atual portfólio e disse que também agirá para recuperar o recurso junto ao liquidante.

Fora da B3, a Cedae também investiu em CDBs do Master. A companhia chegou a pedir o resgate da aplicação, mas ainda não recebeu o dinheiro. Por isso, vai solicitar o crédito junto ao liquidante do banco.

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