Braskem (BRKM5): Processo de venda não evoluiu, diz Novonor
O rompimento de uma mina em Maceió, em dezembro de 2023, estaria afetando as negociações.

Em estudo há pelo menos cinco meses, o processo de venda da participação de 38,3% da Novonor na Braskem (BRKM5) segue sem evolução. Foi o que as empresas informaram nesta segunda-feira (8).
📄 Questionada pela Braskem a respeito do negócio, a Novonor comunicou que, "até o presente momento, não houve qualquer evolução material ou vinculante nas discussões que vem mantendo com as eventuais partes interessadas na aquisição de sua participação indireta na Braskem".
Em recuperação judicial, a Novonor (ex-Odebrecht) recebeu uma proposta da Adnoc (Empresa Nacional de Petróleo de Abu Dhabi) para vender a sua participação na Braskem por R$ 10,5 bilhões em novembro de 2023.
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A Adnoc tem feito diligências na Braskem para avaliar a companhia, assim como a Petrobras (PETR4). A Petrobras detém 36,1% da Braskem e, por isso, tem direito de preferência na compra da fatia de 38,3% da Novonor.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, já indicou, no entanto, que a companhia pretende dividir a gestão da Braskem com um novo sócio. Prates chegou até a debater o assunto com o ministro da Indústria e Tecnologia dos Emirados Árabes Unidos e CEO da Adnoc, Sultan Al Jabber, em Abu Dhabi, em fevereiro de 2024.
A negociação entre Novonor e Adnoc, no entanto, ainda não avançou. A "Veja" publicou no sábado (6) que a Novonor teria decidido segurar a venda da Braskem por entender que o momento não é favorável para o negócio. O rompimento parcial de uma mina em Maceió, em dezembro de 2023, teria desvalorizado a companhia.
O "Valor Econômico" também publicou na sexta-feira (5) que o incidente em Maceió estaria afetando a transação. Foi por causa dessas reportagens, por sinal, que a Braskem questionou a Novonor a respeito do negócio.
Segundo a Novonor, "qualquer evolução material nas discussões será imediatamente comunicada" à Braskem, para que a companhia possa "adotar as providências de praxe".

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