Bolsa ganha dois novos BDRs de ETFs; um é de small caps dos EUA

Investidores já podem adquirir ativos em sua corretoras

Author
Publicado em 14/05/2025 às 11:42h - Atualizado 5 horas atrás Publicado em 14/05/2025 às 11:42h Atualizado 5 horas atrás por Wesley Santana
BDRs são negociados como ações no Brasil (Imagem: Shutterstock)
BDRs são negociados como ações no Brasil (Imagem: Shutterstock)

Nesta quarta-feira (14), a bolsa de valores brasileira passa a negociar dois novos BDRs que replicam fundos de índices, também chamados de ETFs. Os ativos são administrados pela gestora norte-americana Global X.

📈 O primeiro deles é Global X Russell 2000, listado sob o ticker RSSL39, que replica o índice de pequenas empresas listadas nos Estados Unidos. Este BDR está atrelado ao índice small caps Russell 2000, carregando ações que são consideradas mais voláteis.

Neste ano, a performance do índice está negativa em 9,4%, segundo dados da própria gestora. O ETF é formado por 1937 empresas, sendo que a de maior peso é a Sprout Farmer, que chega a 0,64% da carteira.

O ativo tem uma taxa de administração de apenas 0,08%, o que está bem abaixo do padrão do mercado. A ideia da gestora é que o movimento no sentido positivo seja maior quando o Banco Central dos EUA começar a cortar a taxa básica de juros.

💵Leia mais: Brasil e China assinam acordo de swap de moedas; entenda

O segundo produto, este negociado pelo ticker DTCR39, é o Global X Data Center Digital Infrastructure, que inicia a adesão da bolsa brasileira pelo mercado de data centers. O foco deste está na valorização obtida por meio da inteligência artificial, já que esses centros são essenciais para o funcionamento da tecnologia.

Neste caso, o BDR replica o índice também negociado nos Estados Unidos, que apresenta uma variação de 6,4% nos últimos 12 meses. A empresa com maior peso da lista é a American Tower, que tem o maior peso na lista, com 13%, enquanto Equinix e Digital Realty aparecem na sequência, com 11% e 10% de peso, respectivamente.

Avanço do BDR

💰 Os dados da bolsa de valores mostram que os investidores estão com olhos bem fincados em produtos que não eram muito negociados. É o caso da negociação de ETFs que cresceu 118% no mês de março, de acordo com a B3.

No total, durante o mês, foram negociados mais de R$ 77,7 milhões, com uma diferença grande em relação aos R$ 35,5 milhões de fevereiro. Já na comparação anual, com março de 2024, o salto foi de 84%.

O fundo que mais registrou negociações foi o ETF ESGU (BEGU39), que replica o índice norte-americano iShares ESG Aware MSCI. O ativo foi de R$ 2,6 milhões em fevereiro para R$ 23,3 milhões em março, ainda segundo informações da B3.

“Essa elevação pode indicar maior apetite ao risco por parte dos investidores, além de movimentos táticos frente à possível valorização dessas empresas estrangeiras, em meio a incertezas políticas”, comentou Jeff Patzlaff, planejador financeiro CFP e especialista em investimentos, em entrevista ao InfoMoney.

O movimento de alta coincidiu com a imposição de tarifas pelo governo dos Estados Unidos, que levou pânico aos mercados globais. Foi neste período que a maioria das grandes empresas dos Estados Unidos despencou nas bolsas locais, representando uma oportunidade de compra para os investidores.

“Os ETFs Globais funcionam como instrumentos eficientes para uma exposição rápida a mercados ou setores específicos diante das mudanças provocadas por políticas comerciais agressivas”, avaliou Patzlaff.