BofA reitera compra para Petrobras (PETR4) de olho em reajuste

Segundo a instituição, o preço do petróleo Brent aumentou 17% desde outubro de 2023.

Publicado em 29/01/2025 às 16:47h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 29/01/2025 às 16:47h Atualizado 1 mês atrás por Elanny Vlaxio

Hoje também ocorre a 1ª reunião do Conselho de Administração da empresa em 2025 (Imagem: Shutterstock)

A primeira reunião de 2025 do Conselho de Administração da Petrobras (PETR4) ocorre nesta quarta-feira (29), com destaque para a discussão sobre um potencial reajuste no preço do diesel. O BofA (Bank of America), em um relatório, expressou uma visão positiva sobre essa possibilidade e reafirmou sua recomendação de compra para a estatal.

🏦 Segundo a instituição, o preço do petróleo Brent aumentou 17% desde outubro de 2023, enquanto o diesel e a gasolina, em reais, tiveram valorizações de 21% e 13%, respectivamente. Dessa forma, a defasagem dos preços da Petrobras em relação à PPI (Paridade de Importação) se intensificou, chegando a descontos de 11,2% no diesel e 4,5% na gasolina.

Mas, a recente valorização do real, que atingiu patamares inferiores a R$5,90 após ter se mantido na casa dos R$6,20, somada à redução do preço do petróleo em resposta a discursos políticos nos Estados Unidos, ajudou a diminuir esse problema.

Ainda assim, o banco norte-americano considera que um eventual reajuste nos preços dos combustíveis não se limita à necessidade de recomposição da margem da PETR4, representando também um indicativo positivo para a governança corporativa da empresa.

💰 “O possível ajuste iria além de uma mera decisão de aumento de preço, aliviando as preocupações sobre governança corporativa e sobre o impacto negativo no fluxo de caixa livre gerado por um amplo desconto no PPI", diz o relatório.

De acordo com os cálculos do BofA, cada ponto percentual de desconto em relação à PPI acarreta um impacto negativo de US$ 250 milhões no fluxo de caixa livre da Petrobras, bem como uma redução de aproximadamente US$ 120 milhões nos dividendos.

Por isso, o banco reafirmou sua recomendação de compra para as ações da Petrobras, salientando que a empresa tem conseguido tranquilizar o mercado em relação às questões de governança, distribuição de dividendos e política de preços. Mesmo com a decisão do banco, as ações da PETR4 recuavam 0,59% a R$ 36,91, às 15h50 (horário de Brasília).