BCE mantém taxas de juros em 2% ao ano

O valor representa uma queda de 50% em relação aos 4% de um ano atrás.

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Publicado em 24/07/2025 às 09:29h - Atualizado 1 dia atrás Publicado em 24/07/2025 às 09:29h Atualizado 1 dia atrás por Elanny Vlaxio
Segundo o Conselho do BCE, o cenário econômico atual é de equilíbrio (Imagem: Shutterstock)
Segundo o Conselho do BCE, o cenário econômico atual é de equilíbrio (Imagem: Shutterstock)

💸 Nesta quinta-feira (24), o BCE (Banco Central Europeu) optou por manter as taxas de juros estáveis, após oito cortes consecutivos nos últimos 12 meses. Em junho, a taxa foi reduzida para 2% ao ano, valor que representa uma queda de 50% em relação aos 4% de um ano atrás.

Segundo o Conselho do BCE, o cenário econômico atual é de equilíbrio, com a instabilidade de curto prazo no comércio sendo contrabalançada pela expectativa de maior investimento público nos próximos períodos.

“Em parte refletindo os cortes anteriores das taxas de juros pelo Conselho do BCE, a economia tem se mostrado, até agora, resiliente em geral em um ambiente global desafiador”, disse o BCE. “Ao mesmo tempo, o ambiente continua excepcionalmente incerto, especialmente por causa das disputas comerciais.”

💰 Em junho, o relatório do BCE afirmou que, mesmo que se chegue a uma solução amigável, as tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), já estavam prejudicando a atividade econômica e teriam efeitos prolongados.

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"Uma nova escalada das tensões comerciais nos próximos meses resultaria em crescimento e inflação abaixo das projeções de base", disse o BCE. "Em contrapartida, se as tensões comerciais forem resolvidas com um resultado benigno, o crescimento e, em menor grau, a inflação, seriam mais altos do que nas projeções básicas."

💲 De acordo com apuração do "Financial Times" e fontes diplomáticas ouvidas pela "Reuters", Estados Unidos e União Europeia estão perto de concluir um acordo tarifário que estabeleceria uma alíquota de 15% sobre produtos europeus.

"A decisão pela manutenção nessa reunião está embasada pela imprevisibilidade do acordo comercial que o bloco negocia com os EUA e pelo o impacto que esse possa trazer para a trajetória futura de inflação. A dificuldade de negociação com os EUA pode também justificar a falta de direcionamento a frente que o BCE pode adotar, o que deixa completamente em aberto a sua próxima decisão", avaliou Mônica Araújo, Economista Chefe da InvestSmart XP.