BB (BBAS3) e Natura investem R$ 50 mi em "dendê regenerativo" e renda familiar

A iniciativa tem como objetivo expandir os SAFs e prevê a recuperação de até 12 mil hectares de floresta amazônica.

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Publicado em 25/09/2025 às 18:11h - Atualizado 1 dia atrás Publicado em 25/09/2025 às 18:11h Atualizado 1 dia atrás por Matheus Silva
O foco da parceria está no desenvolvimento sustentável da cadeia do óleo de palma (Imagem: Shutterstock)
O foco da parceria está no desenvolvimento sustentável da cadeia do óleo de palma (Imagem: Shutterstock)

🚨 O Banco do Brasil (BBAS3) e a Natura&Co (NTCO3) firmaram um convênio no valor de R$ 50 milhões para fomentar projetos de impacto socioambiental na região norte do Brasil.

O anúncio foi feito nesta semana, durante evento realizado em Nova York. A iniciativa tem como objetivo expandir os Sistemas Agroflorestais (SAFs) e prevê a recuperação de até 12 mil hectares de floresta, com potencial de gerar R$ 2 bilhões em financiamentos futuros.

O foco da parceria está no desenvolvimento sustentável da cadeia do óleo de palma, um insumo amplamente utilizado nas indústrias de alimentos, cosméticos, higiene pessoal e biocombustíveis.

O modelo agroflorestal aposta no cultivo consorciado da palma com outras espécies nativas da região amazônica, promovendo ganhos ambientais e sociais ao mesmo tempo.

O que são os Sistemas Agroflorestais?

A proposta dos SAFs combina a produção agrícola com o reflorestamento, permitindo o uso racional do solo e o fortalecimento da biodiversidade.

Um dos principais exemplos é o Projeto SAF Dendê, conduzido desde 2008 em Tomé-Açu (PA), por meio de uma parceria entre Natura, Embrapa e a Cooperativa Mista de Tomé Açu (CAMTA).

A área piloto de 650 hectares já integra culturas como cacau, açaí, mandioca e pimenta ao lado do dendezeiro — árvore da qual se extrai o óleo de palma. De acordo com estudos da Embrapa, esse modelo agroecológico tem potencial para:

  • Reduzir emissões de gases de efeito estufa;

  • Reflorestar áreas degradadas;

  • Melhorar a qualidade do solo;

  • Aumentar a produtividade agrícola;

  • Gerar renda diversificada ao longo do ano.

  • Crédito sustentável e geração de renda

Segundo José Ricardo Sasseron, vice-presidente de Negócios de Governo e Sustentabilidade Empresarial do Banco do Brasil, o sistema agroflorestal traz ganhos significativos para o produtor família.

“É um modo de trabalho que eleva a segurança alimentar das famílias dos agricultores, bem como a valorização do trabalho do jovem e da mulher. Além disso, é um sistema que pode contribuir para o sequestro de carbono”, afirmou.

Sasseron ainda destacou que os modelos agroflorestais se alinham à estratégia do banco voltada à sociobioeconomia. Somente em 2025, o BB já alcançou a marca de R$ 2 bilhões em crédito destinado a projetos na região amazônica.

➡️ Leia mais: Banco do Brasil (BBAS3) abrirá concurso com salários de até R$ 120 mil por ano

Natura aposta em cadeia de valor regenerativa

A diretora de sustentabilidade da Natura, Angela Pinhati, reforçou que a preocupação com os impactos ambientais da produção de óleo de palma motivou a empresa a buscar soluções regenerativas.

“Nosso objetivo de longo prazo é termos 100% de blend de óleo de palma vindo de práticas regenerativas. Estamos focados em fortalecer parcerias, envolver novos agricultores e captar investimento de forma a beneficiar não só a Natura, mas toda a cadeia de palma.”

O convênio também prevê suporte técnico e acesso a crédito para pequenos produtores, que poderão financiar insumos, adquirir equipamentos e investir em melhorias produtivas.

A prestação de assistência especializada será parte fundamental do programa, apoiando as famílias na tomada de decisões sustentáveis e eficientes.

💲 A iniciativa tem potencial de beneficiar 46 comunidades da cadeia produtiva da Natura, alcançando mais de 10 mil famílias da região.

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