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Os bancos brasileiros devem apresentar resultados mistos na temporada de balanços do terceiro trimestre de 2025, que começa nesta semana.
🏦 A expectativa dos analistas é de que o Banco do Brasil (BBAS3) apresente mais um balanço fraco, devido ao aumento da inadimplência e das provisões.
Os juros altos e a inadimplência elevada, contudo, também devem afetar o desempenho de outros bancões brasileiros. Afinal, esse cenário exigiu cautela na concessão de novos empréstimos, o que deve levar a uma desaceleração da carteira de crédito.
📊 Diante disso, os analistas esperam que o Itaú (ITUB4) continue ampliando seus lucros, mas em ritmo mais moderado, e que o Santander (SANB11) apresente um resultado similar ao dos trimestres anteriores.
O destaque desta temporada de resultados deve ficar, portanto, com o Bradesco (BBDC4), que pode colher lucros mais elevados diante da continuidade do seu plano de reestruturação, superando novamente o Banco do Brasil.
Veja o que esperar do balanço de cada banco:
O Santander (SANB11) abre a temporada de balanços dos bancos, pois apresenta seus dados na próxima quarta-feira (29), antes da abertura dos mercados.
Para a XP, o banco deve manter uma postura seletiva na concessão de crédito, focando seus esforços em clientes de alta renda, o que deve levar a um "crescimento cauteloso em meio a um mercado difícil".
A XP projeta um lucro líquido de R$ 3,7 bilhões para o Santander no terceiro trimestre, o que representa um incremento de 1% em relação ao mesmo período de 2024.
Os analistas, contudo, não veem "avanços significativos na otimização de despesas". Por isso, dizem que o ROE (retorno sobre o patrimônio) pode recuar de 16,7% para 16,5% no trimestre.
O Bradesco (BBDC4) também apresenta os resultados do terceiro trimestre na quarta-feira (29), só que depois do fechamento do mercado.
Para a XP, o Bradesco será o destaque positivo da temporada de resultados bancários, pois, além de ter mantido seu plano de reestruturação em andamento, deve apresentar um bom desempenho em seguros e na receita com tarifas no trimestre.
O banco ainda deve conseguir manter sua carteira de crédito em crescimento, mesmo que em menor ritmo, devido aos empréstimos para micro e pequenas empresas e ao consignado privado.
Por isso, a XP acredita que o lucro líquido do Bradesco pode saltar 19,3% em relação ao terceiro trimestre do ano passado, chegando a R$ 6,2 bilhões. O ROE estimado é de 14,5%.
A Genial Investimentos é ainda mais otimista e projeta um lucro líquido de R$ 6,3 bilhões para o Bradesco no trimestre, com um ROE de 14,6%.
"A prioridade segue sendo qualidade dos ativos e recuperação da rentabilidade", explicou a Genial, destacando a continuidade do plano de reestruturação do Bradesco, por meio de medidas como o fechamento de agências, a digitalização do varejo, o foco no cliente de alta renda e a busca por mais eficiência e agilidade.
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O Itaú (ITUB4) será o próximo banco a apresentar os dados do terceiro trimestre, no dia 4 de novembro, após o fechamento do mercado.
A expectativa dos analistas é de mais um lucro recorde, mas de um crescimento menos pronunciado que o dos últimos trimestres.
A XP, por exemplo, projeta um lucro líquido de R$ 11,7 bilhões para o Itaú, o que representa um aumento de 9,7% na base anual, mas de apenas 1,7% na comparação trimestral.
A Genial é um pouco mais otimista e vê um lucro de R$ 11,8 bilhões, com alta de 10,9% no ano e de 2,9% no trimestre. Para o ROE, as projeções são de 22,9% e 22,1%, respectivamente.
Para os analistas, a carteira de crédito do Itaú deve seguir em crescimento, puxada pelo segmento de micro e pequenas empresas e pelo crédito consignado privado.
As receitas também devem crescer, dado o bom desempenho da unidade de seguros e das atividades no mercado de capitais, além do crescimento da base de clientes do banco.
A XP diz, contudo, que a alta das receitas pode ser compensada por maiores despesas, sobretudo trabalhistas. Afinal, o Itaú fez um acordo de indenização milionário com os trabalhadores demitidos no home office.
O Banco do Brasil (BBAS3) só apresenta os seus resultados no dia 12 de novembro. Contudo, a CEO do BB, Tarciana Medeiros, já avisou que os dados serão pressionados novamente pelo aumento da inadimplência no agronegócio e das provisões.
O lucro do BB caiu 20,7% no primeiro trimestre e afundou 60,2% no segundo trimestre de 2025 por causa desse cenário. E, de acordo com Tarciana, só deve apresentar sinais de melhora a partir do quarto trimestre, quando a instituição começar a colher os frutos da renegociação das dívidas rurais.
Diante disso, a XP projeta um lucro líquido de R$ 3,5 bilhões para o Banco do Brasil, o que representa um baque de 62,6% em relação ao terceiro trimestre de 2024 e um resultado inferior àquele projetado para o Santander.
A XP aponta para a possibilidade, portanto, de que o Banco do Brasil, que até bem pouco tempo atrás só perdia para o Itaú em termos de lucratividade, apresente o menor resultado dos quatro bancões listados na B3 no terceiro trimestre de 2025.
A Genial Investimentos é ainda mais pessimista e trabalha com um resultado de R$ 3,4 bilhões, 64% menor que o do mesmo trimestre de 2024. E também avisou que a rentabilidade do BB ainda pode piorar, caindo para 7,4%, um patamar significativamente abaixo do custo de capital do banco, segundo os analistas.
"Enquanto pares mantêm (ou elevam) rentabilidade, o BB deve piorar ligeiramente vs. o já fraco 2T25, mantendo ROE abaixo de 10% mesmo com suporte regulatório (MP 1.314)", disse a Genial. Já a XP projeta um ROE de 7,8%.
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