Azul (AZUL4): Recuperação Judicial faz ações caírem mais de 7% e ADRs recuarem 40%
No entanto, o ticker reagiu depois dos primeiros minutos do pregão
Depois de amanheceram em forte queda, as ações da Azul (AZUL4) tiveram uma leve reação no mercado. Por volta das 11h, os papéis eram negociados próximos de R$ 1, com alta de 3,7%.
📈 Mesmo os ADRs da companhia aérea, negociados na bolsa de valores de Nova Iorque, recuaram em relação ao movimento das primeiras horas do dia. Depois de caírem quase 40%, eles passaram a ser negociados por US$ 0,50, o que representa uma valorização de 2,3% em relação ao fechamento da última terça-feira (28).
A forte volatilidade nas ações da Azul se explica na notícia de que a empresa enviou à Justiça um pedido de recuperação judicial. Nos Estados Unidos, a empresa recorreu ao chamado Chapter 11, que é um termo de proteção às dívidas.
O caminho escolhido pela Azul já era comentado pelo mercado há algumas semanas, na iminência da necessidade de uma reestruturação financeira. Suas duas principais concorrentes, Latam e Gol, em momentos diferentes, optaram pela mesma saída.
No caso da Azul, o processo aberto já conta com apoio dos principais credores da companhia. O acordo prevê um financiamento de US$ 1,6 bilhão, dinheiro que será usado para refinanciar dívidas e dar liquidez ao ativo durante o processo de RJ que pode ser concluído ainda em 2025, conforme previsão da empresa.
⚖ Leia mais: Azul (AZUL4) pede recuperação judicial nos Estados Unidos
A empresa também quer aproveitar a operação para reduzir sua alavancagem financeira quase pela metade, passando dos atuais 5,1 vezes para 3 vezes. No primeiro trimestre deste ano, a Azul registrou um lucro líquido de R$ 783,1 milhões, revertendo o prejuízo bilionário que havia registrado um ano antes.
Com o novo movimento das ações, o valor de mercado da Azul foi reduzido para abaixo de R$ 1 bilhão. Ainda é quase o dobro dos R$ 542 milhões da Gol, mas deixa a empresa no mesmo patamar das small caps, que são companhias com baixa capitalização de mercado na B3.
Acordo com a Gol
🤝 A entrada no Chapter 11 coloca em xeque um dos principais anúncios do setor aéreo nos últimos meses, que foi um acordo entre a Gol e Azul. As duas empresas vinham conversando para uma união de serviços desde o último mês de janeiro.
Enquanto a Gol finaliza sua reestruturação, a Azul entra no mesmo processo que durou mais de um ano no caso da concorrente. Desta forma, fontes ouvidas pela imprensa, dizem que o acordo entre as duas ficou em segundo plano.
Além disso, parte do plano de reestruturação da Azul prevê a redução de sua frota em até 35%, o que deve diminuir o ritmo de operação da companhia. Essa mudança será feita, sobretudo, com as aeronaves de grande porte, que se tornaram um gargalo na operação da aérea.
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