Azul (AZUL4) e Gol (GOLL54) decolam na B3 com rumores de fusão e 'short squeeze’

Mesmo sem fato relevante divulgado, os papéis dispararam em meio a rumores de short squeeze e expectativas de uma fusão no setor aéreo.

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Publicado em 08/09/2025 às 18:43h - Atualizado 2 minutos atrás Publicado em 08/09/2025 às 18:43h Atualizado 2 minutos atrás por Matheus Silva
A corrida pela recompra criou ainda mais pressão de compra (Imagem: Shutterstock)
A corrida pela recompra criou ainda mais pressão de compra (Imagem: Shutterstock)

🚨 As ações da Azul (AZUL4) e da Gol (GOLL54) protagonizaram um dos pregões mais voláteis do ano nesta segunda-feira (8), destoando completamente do restante da bolsa.

Mesmo sem fato relevante divulgado pelas companhias, os papéis dispararam em meio a rumores de short squeeze e expectativas de uma eventual fusão no setor aéreo.

As ações da Azul fecharam o dia com alta de 31,30%, cotada a R$ 1,51, após entrar em leilão pela forte oscilação. A Gol também foi suspensa temporariamente pela B3 e fechou com ganhos de 17,16%, negociada a R$ 7,10.

Na máxima do dia, as ações da Azul disparava 63,48%, cotada a R$ 1,88 e a Gol subia 43,40%, negociada a R$ 8,69.

O que é um short squeeze?

O short squeeze ocorre quando uma ação com grande volume de posições vendidas dispara de preço, forçando investidores que apostaram na queda (os chamados “vendidos”) a recomprar os papéis para limitar prejuízos.

Essa corrida pela recompra cria ainda mais pressão de compra, impulsionando a valorização em ritmo acelerado.

No caso da Azul, especialistas acreditam que essa dinâmica pode estar em curso, sobretudo após as fortes quedas acumuladas nos últimos meses que deixaram o papel em patamares historicamente baixos.

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Rumores de fusão e recuperação judicial

Outro fator que reacende o apetite do mercado é a possibilidade de uma fusão entre Azul e Gol, tema que já circula no setor aéreo desde o início do ano.

Na época, investidores aguardavam a conclusão do Chapter 11 (recuperação judicial nos Estados Unidos) da Gol como condição essencial para um eventual negócio.

A companhia conseguiu encerrar o processo, mas, em contrapartida, a Azul entrou recentemente no mesmo mecanismo de proteção judicial, o que reverteu os papéis de cada empresa no radar do mercado.

Ainda assim, a fusão não saiu do mapa de possibilidades. Para alguns analistas, a junção poderia criar sinergias importantes e fortalecer a posição das duas companhias frente à Latam, completando a tríade de aéreas brasileiras que recorreram ao Chapter 11 nos últimos anos.

Em maio, Fábio Campos, vice-presidente institucional e corporativo da Azul, afirmou que o foco da empresa está “100% na reestruturação”. Mesmo assim, o mercado segue atento a qualquer sinal de retomada nas negociações.

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O que isso significa para o investidor?

A disparada de hoje deve ser interpretada com cautela. Embora o movimento chame a atenção, o fundamento operacional das companhias ainda enfrenta desafios relevantes, como altos custos de combustível, dívidas elevadas e incertezas sobre o ambiente macroeconômico.

No curto prazo, rumores de fusão e dinâmicas técnicas, como o short squeeze, podem continuar gerando volatilidade extrema.

💰 Já no longo prazo, a sustentabilidade da alta dependerá da reestruturação financeira das empresas e da capacidade de recuperar margens em um setor historicamente desafiador.

AZUL4

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