Azul aprova aumento de capital em até R$ 6,1 bilhões
Companhia deve emitir mais 191 milhões de ações
Nesta terça-feira (4), o conselho de administração da Azul (AZUL4) aprovou um aumento de capital. Segundo a decisão, serão emitidas novas ações em um valor que pode ser entre R$ 1,5 bilhão e R$ 6,1 bilhões.
O aumento de capital estava previsto no plano de reestruturação da companhia aérea, apresentado pela empresa no ano passado. No total, o mercado deve receber até 191 milhões de novas ações, cada uma delas cotadas a R$ 32,09.
“O aumento de capital está inserido no contexto da reestruturação da companhia, para fortalecer a condição financeira, a geração de caixa e melhorar sua estrutura de capital, contribuindo para a equalização do seu passivo”, disseram os diretores por meio de fato relevante ao mercado.
A reestruturação da Azul vem sendo tema desde o ano passado, englobando dívidas de diversas origens. A maior parte delas é devida a arrendadores de aeronaves.
Em janeiro, a empresa apresentou um plano para fortalecer a liquidez dos ativos e que resultou na extinção de US$ 1,6 bilhão dos valores pendentes. Com isso, em alguns dias, a alavancagem da companhia caiu de 4,8 vezes para 3,4 vezes.
Apesar da notícia positiva, os investidores não reagiram com ânimo ao aumento de capital. No começo da tarde desta quarta-feira (5), os papéis da Azul caíram cerca de 5% no pregão, cotados na faixa de R$ 4.
No entanto, no acumulado deste ano, o ticker ainda opera com uma forte alta. Desde janeiro, os papéis registram um avanço de 9%, segundo dados da bolsa de valores brasileira.
Fusão com a Gol
Parte dos ganhos que as ações da Azul tiveram neste ano está relacionado ao processo de fusão com a Gol. Em janeiro, as duas companhias aéreas assinaram um documento para avaliar a combinação dos negócios.
Se a fusão for para frente, as duas empresas manteriam seus negócios separados, mas seriam controladas por um único grupo corporativo, uma espécie de holding. Neste formato, as empresas podem ser responsáveis por transportar 60% dos passageiros brasileiros.
Apesar disso, as empresas têm uma longa jornada pela frente, a começar para obter aprovação dos órgãos reguladores. Analistas dizem que é bastante difícil que o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprove a junção.
“O problema é que elas vão acabar com a concorrência, as passagens vão ficar mais caras e ainda não se tem ideia do impacto que o negócio terá no mercado”, afirmou Cleveland Prates, ex-conselheiro do órgão, em entrevista ao portal Seu Dinheiro.

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