Argentina: BC eleva taxa de juros para 133% ao ano

Alta nos juros do país ocorre após inflação ter avançado 138,2% em setembro frente ao mesmo intervalo de 2022

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Publicado em 13/10/2023 às 10:59h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 13/10/2023 às 10:59h Atualizado 1 mês atrás por Juliano Passaro
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O Banco Central da República Argentina (BCRA) anunciou, na última quinta-feira (12), o aumento da taxa das Letras de Liquidez (Leliq) de 28 dias para 133%. A taxa de juros, anteriormente, estava em 118%.

"A autoridade monetária considera aconselhável aumentar a estrutura de taxas de juro da economia para consolidar esta tendência, limitar a volatilidade financeira observada durante o período eleitoral e favorecer a acumulação de reservas internacionais", informou o BC argentino em comunicado.

A autoridade monetária da Argentina informou que a taxa de juros mínima garantida em prazos fixos para pessoas físicas também foi elevada para 133%.

“O BCRA continuará monitorando a evolução do nível geral de preços, a dinâmica do mercado cambial e dos agregados monetários para fins de calibração da sua política de taxas de juros e de gestão de liquidez”, informou o Banco Central argentino.

Inflação na Argentina em setembro

A inflação mensal de setembro, no país vizinho, que ficou em 12,7%, acabou limitando os salários e as poupanças da população. Dessa forma, duas em cada cinco pessoas na Argentina foram "empurradas" para baixo do limiar da pobreza, segundo informações da "Reuters".

Na comparação ano a ano, a inflação de setembro teve alta de 138,3%, segundo o Instituto de Estatística da Argentina.

A Argentina se prepara para a votação das eleições gerais no dia 22 de outubro. O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, da coalização Unión por la Patria, lidera a disputa pela presidência do país vizinho. Massa tem 30,6% das intenções de voto no 1º turno, seguido por Javier Milei, do La Libertad Avanza (25,2%) e pela ex-ministra da segurança Patricia Bullrich (25%), do Juntos por el Cambio.