Após exclusão dos índices da B3, Azul (AZUL4) tem ADRs suspensos nos EUA
A decisão ocorre após o pedido de recuperação judicial nos EUA, via Chapter 11, protocolado na última quarta-feira (28).
🚨 A Azul Linhas Aéreas (AZUL4) informou nesta quinta-feira (29) que a Bolsa de Nova York (NYSE) suspendeu a negociação de seus ADRs (American Depositary Receipts).
A decisão ocorre em função do pedido de recuperação judicial nos EUA, via Chapter 11, protocolado pela companhia na última quarta-feira (28).
Segundo comunicado da empresa, a suspensão é considerada procedimento padrão após a solicitação de proteção judicial nos Estados Unidos.
A NYSE também vai solicitar oficialmente o cancelamento da listagem dos papéis à SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA). A Azul afirmou que não pretende recorrer da decisão.
Apesar do impacto internacional, a empresa reforçou que suas operações seguem normalmente no Brasil e que suas ações continuam sendo negociadas na B3 sob o código AZUL4.
Ação da Azul será retirada de todos os índices da B3
Além da suspensão nos EUA, a B3 comunicou que a ação será excluída de todos os índices da Bolsa brasileira a partir desta sexta-feira, 30 de maio.
A decisão segue as regras da própria B3 em casos de empresas em situação de recuperação judicial ou equivalente internacional, o que compromete critérios de elegibilidade para permanência nos índices.
A exclusão inclui a retirada de AZUL4 de índices importantes como o Ibovespa (IBOV), IBrX, IGCX, SMLL, ITAG, IBRA, entre outros.
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Rebaixamento pelas agências de risco
No mesmo dia da solicitação do Chapter 11, as agências de classificação de risco S&P e Fitch rebaixaram o rating da Azul de ‘CCC’ para ‘D’, que indica inadimplência ou calote iminente.
Esse é o menor nível da escala e reflete o elevado grau de incerteza sobre a capacidade da companhia em cumprir obrigações financeiras, mesmo com o plano de reestruturação em andamento.
O que diz a Azul
Apesar do baque, a empresa sustenta que o Chapter 11 é parte de um plano estruturado para reduzir sua dívida e manter a operação aérea ativa, sem impactos diretos aos voos, passageiros ou parceiros no Brasil.
A Azul pretende cortar 35% da frota e reduzir sua alavancagem, foco central do processo de recuperação nos EUA.
📊 Em nota, o CEO John Rodgerson afirmou que a medida “é uma oportunidade para limpar o legado de dívidas da pandemia”.
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